quinta-feira, 26 de abril de 2012


A Ética que nunca nasceu

   Por Antonio Siqueira



   
















     

      Definitivamente... Que assim seja, é o que espero: Não existem BOAS INTENÇÕES quando o assunto é POLÍTICA! A verve de cada um é cruel demais aos olhos mortais comuns. A partir de um documentário produzido pelo pessoal do João Moreira Salles, vazou esta “preciosidade”. Politicagem à moda antiga, ou seja, bem aos moldes maquiavélicos do Novo PT.

     Como perguntara Caetano numa canção aparentemente despretensiosa que homenageava sua antiga banda, ou melhor, sua “A Outra Banda da Terra” que o acompanhou nas décadas de 70 e 80: “Brasil, mas quem pariu tal gente?”. NÓS PARIMOS! Somos os culpados hediondos por esta cafajestada ainda infestar as instituições do nosso país, doa a quem doer.

      Este vídeo foi-me enviado via e-mail por um jornalista amigo e combativo há exatamente 4 anos, depois virou febre em mensagens em massa. Vasculhando meus arquivos mais antigos, o reencontrei. Jeremias escreveria em certa feita: "Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!" (Jeremias 17 : 5). Isso seria um conselho de Deus para com a humanidade. Se confiarmos em planos humanos estaremos virando as costas para os planos de Deus e suscetíveis à corrupção dos infiéis.
Malditos somos todos nós que elegemos esses vermes. Que Deus nos proteja desses canalhas!


Não se deve confiar em calhordas




domingo, 1 de abril de 2012

Considerações sobre o bullyng e homofobia no Brasil


Preconceito
        Essa situação será sempre muito complicada para qualquer agente público (ou privado) atuante em secretarias de educação, delegacias de polícia, ministérios públicos, Itamaraty, Casa (s) Civil (is), parlamentos municipais e estaduais, Congresso e Senado Federal brasileiro. Espinhoso demais, pelo fato de sermos um país recalcado, pouco instruído, inculto, precipuamente preconceituoso, historicamente influenciado pela "opinião publica 'externa' " (efeito demonstração) e constituído de uma elite mal-resolvida [sexualmente, diria].

     Em países já evoluídos (cientificamente), estes temas sequer são citados. A própria formação dos cidadãos já dão contas da problemática, pois a casuística empregada já considera variantes da percepção humana diante das diferenças comportamentais, do ponto de vista religioso, por exemplo. Quando se sedimentam ideias  pré-concebidas acerca da práxis individual, carreia-se para o campo das digressões teóricas e"empurram com a barriga" até que a própria cultura política dos grupos envolvidos resolvam o conflito (ou não!).  Há de fato o compromisso diante do ideário cultivado pelo cientificamente aceito e certa devoção ao senso crítico acerca da opinião alheia, respeitada a moralidade e o contencioso entre os grupos. Ironicamente, esses expedientes e concepções teóricas estão presentes nos trabalhos do [antropólogo] funcionalista Darcy Ribeiro, a partir e estudos realizados nas tribos indígenas Brasileiras e em obras de natureza semelhante escritas por Guilles Deleuse e Félix Guatarry (O Anti-Édpo), aplicados pari passu nos apontamentos das unidades escolares da Educação básica francesa, por exemplo.


Covardia
   Jamais ocupam palanques com proposituras que não estejam na ordem do dia, ou seja, que seja considerada relevante para a estratégia adotada pelos Estados para a edição de medidas de controle sociocultural onde as mídias desempenham papeis decisivos. Em outras palavras: Essas sociedades "estudam" ética e cidadania com os ingredientes disciplinadores da estética comportamental e dos fundamentos filosóficos que norteiam a condução da própria vida comunitária (sentimento de nós). Aqui faltam, por exemplo, estudos sobre Filosofia, extirpado do Curriculo pela Lei 9394/96, pelo ex-professor FHC, infelizmente.

 
                 Agora tornou-se inevitável os reflexos desta verborragia emanada pelas recalcadas minorias, e que, despertará a ambiência fronteriça presente em todos nós judeus e cristãos (principalmente). Ainda bem que me julgo ecumênico. Aceito a todos os credos e opções, incluindo a sexual. Se começarmos agora uma campanha reeducadora da sociedade a partir das crianças, nas próximas três décadas teremos outra pauta e não precisaremos falar de um assunto intangível como esse.
Boa sorte aos homens de boa vontade e aos infelizes professores do Brasil.

          Por Abisai Leite – Professor SEEDUC-RJ

domingo, 25 de março de 2012

A corrupção está no DNA do indivíduo


O que fizeram com Vera Cruz?
   Por Antonio Siqueira


@image_Guto_Cassiano

   















        




      Cabe a pergunta do titulo deste texto? Mesmo numa linguagem retro, obviamente que sim, principalmente quando nela é parafraseada uma das letras mais emblemáticas da MPB moderna; Vera Cruz está nas mãos de usurpadores profissionais. A reputação do Brasil vem sendo esculhambada de uma forma tão vil neste começo de milênio que, provavelmente, deve deixar a imensa maioria dos cientistas sociais sem eira nem beira. Violência urbana, violência doméstica, violência ciber-virtual (a mais nova modalidade de crueldade ao alheio), corrupção em todos os setores e uma falta de perspectivas existenciais numa juventude fadada ao abandono ideológico. Almas como as de Darcy Ribeiro, Nelson Freire, Milton Santos e até o mítico Ruy Barbosa devem padecer de um dilema astral de dar dó. O que somos perante o mundo? O país do “jeitinho”? ... Das licitações de cartas marcadas? Do abominável Mensalão? Da “corrupção genealógica”? A questão, repito, vai além de um moralismo social arrogante e pretensioso; essa maldição indissolúvel tornou-se sólida, ganhando contornos de hereditariedade. É pátrio e comunga com um sistema judiciário que paternaliza a desgraça quando o exemplo vem de cima, quando advêm dos escalões ditos superiores, até os “pobres diabos” que compram a preço de banana outros não menos pobres diabos do serviço publico, como nesse escândalo denunciado por importante Rede de TV, a “Mother Globe”. Provavelmente, a serviço do que apenas sempre interessou a ela mesma, mas que mesmo assim, acaba exteriorizando as chagas mais profundas do sistema vigente.

       Licitações de cartas marcadas não são novidades aqui no Rio de Janeiro, tampouco em outros Estados da Federação. Arrepia-me só de pensar o que não acontece na Brasília (DF) de Joaquim Roriz e outros vermes que o antecederam e o precedem. O que indigna é o escárnio com que os representantes dessas empresas nojentas tratam o tesouro publico, isto é: o seu dinheiro. Não perderei nosso precioso tempo transcrevendo aqui os diálogos daquelas negociações, tampouco o que dizia àquela “piriguete” roliça e quimicamente loira que representava uma das empresas. A verdade é que, novidades ou não, é hora de encarcerar essa camarilha de vampiros do dinheiro público, fiscalizar com rigor e prestar esclarecimentos conclusivos à sociedade. O esquema é de máfia, pois os indiciados nestes inquéritos não concordaram com a delação premiada; entende-se que tanto esses funcionários públicos da Federação Fluminense, quanto os da Receita Federal formam uma quadrilha temida por estes empresários e seus paus mandados. Gente que mata! O curioso é constatarmos que pagamos com nossos impostos e com o suor de nosso trabalho, os robustos salários de algumas centenas de canalhas criminosos e concursados dos serviços públicos Estaduais e Federais.

       A cartilha que vêm de cima é perfeita. No país em que o Mensalão é visto e defendido como medida moral para se governar, pode-se esperar qualquer absurdo. Chegará o tempo em que teremos o manual do corrupto para iniciantes e afins ou apostilas ensinando o seu filho como agir de uma forma que não lhe envergonhe em nome da boa moral. A “Lei de Gerson” é uma realidade. Pobre do “canhotinha” que deu uma bobeira tremenda naquele infeliz comercial de TV, expondo sua condição de fumante de um cigarro vagabundo e que lhe rendeu este fardo eterno.

       O Iluminismo trazia um célebre pensamento: “O poder emana do povo.” A queda da Bastilha foi o símbolo da derrubada do poder monárquico-absolutista na Europa e a reação popular conduziu uma luta sem precedentes contra as velhas classes sociais que dominavam a sociedade francesa do Ancien Régime. A revolução foi a maior da historia das grandes civilizações e as suas conseqüências não se limitaram aos limites geográficos do velho continente. Com ela assumia o poder a burguesia, um pouco diferente desta que aí está. Foi a classe que criou um dos mais poderosos sistemas econômicos da Historia: O capitalismo industrial e trazia consigo um lema imortal, mas que se transformou aos poucos em utopia: Igualdade, liberdade, fraternidade. Com elas, novas classes sociais surgiram na Historia do planeta. E é aí que humanidade exercita o seu dom destrutivo para aniquilar grandes ideais. Foi assim com o Cristianismo (principalmente o arcaico), o Luteranismo da Contrarreforma, o Calvinismo, o Comunismo, dentre outros movimentos que, em meio a tantos “ismos”, acabaram gerando outros “filhotes bastardos” do ideal humano e existencialista: O Isolacionismo e o Egoísmo.

       O povo brasileiro desconhece a sua força e a sociedade se corrompe conscientemente, emaranhada numa mediocridade que só nos resta lamentar. Como o burro diante da cenoura, caminhamos caoticamente à tribulação final. Que o Criador tenha compaixão destas almas.


arte: guto cassiano


segunda-feira, 5 de março de 2012

Liberdade condicional e outros ‘bichos’

Enquanto os juizes adormecem, os bretões agonizam
Antônio Siqueira




@image_paulo_caruso
Quase sempre quando inicio um artigo  ou qualquer tipo de texto destinado aos espaços em que os publico, vem àquela impressão de que a perda de tempo é certa e inevitável e que eu poderia estar fazendo outras coisas bem mais prazerosas. Só que o prazer de observar o resultado suplanta a primeira impressão e a sensação é de relaxamento total. É como se eu estivesse tirando um saco de cimento dos ombros e jogando em cima da hipocrisia vigente, esmagando um pouco do marasmo que se impõe no nosso habitat. O planeta terra anda precisando, mais do que nunca, de alguns revoltosos, não de “vendedores de indulgencias”.

      Hoje estou fugindo da minha linha de comunicação e escrevendo de uma forma bastante confessional. Uma auto-inquisição, pois sempre achei uma tremenda viadagem essa linha, digamos: “Hoje comi quiabo com manga e tive uma piriri dos diabos”; Mas fazer o quê diante do apelo da alma primitiva? Confesso; Ninguém merece!

     Não entendi a explicação dada pela juíza que libertou o infeliz que estuprou e assaltou em diversos ônibus na Cidade do Rio de Janeiro. Ela seguiu as determinações legais, e disse que a promotoria apelaria, caso ela negasse liberdade ao bandido, e ele seria solto do mesmo jeito. A juíza não tem que ficar preocupada com o que a promotoria fará, ela deve sim, questionar o errado e fazer o certo. Os terceiros que façam o que quiserem.

     Uma garota de 12 anos foi estuprada num desses ônibus no Jardim Botânico, os passageiros disseram não ter percebido. Não vou comentar esse absurdo, pois a consciência de quem assistiu passivamente deve estar em chamas nesse momento. A grande maioria do povão gosta mesmo é de soltar os bichos nas arquibancadas em dia de clássico ou no Twitter e no Facebook discutindo titicas; Mas esse povo é caso perdido. O que precisa ser revisto e com certa urgência são as LEIS! O criminoso, como dito acima estava em liberdade condicional, concedida pela juíza “Maria vai com as outras”. Como a tal juíza, existem outras centenas de magistrados dorminhocos que ganham muito bem para deixar as ruas mais inseguras e a sociedade ao deus dará e isso deveria colocar em discussão o benefício recebido pelo verme em questão. Se um criminoso é condenado há 10 anos de prisão, ele deve cumprir toda a pena e ponto final. Isto, sim, é justiça! A União tem despesas demais, todos sabem. Um preso custa bem mais caro que um aluno da rede pública, não é mesmo? Cuidem melhor da educação e a população carcerária diminuirá sensivelmente.


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             Quando o Governo quer melar uma investigação, forma uma Comissão Parlamentar de Inquéritos. Pois bem, duas comissões do Senado vão discutir o acidente na Base Antártica. Desde 2006 militares se queixam sobre a falta de investimentos na base, que funcionava, graças a eles, os militares, e pesquisadores que muitas vezes geravam recursos no fim do mundo para que o projeto seguisse em frente. Agora, Dilma e o ministro Valdir Raupp lamentam as perdas e se prontificam a reconstruir uma base melhor. As perdas materiais serão repostas e talvez otimizadas, as humanas não.

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     Os ingleses começaram 2012 com o orgulho ferido por assistirem o PIB do Brasil ultrapassar o da Gran Bretanha e o grande “vira-lata” assumir a quinta colocação no ranking mundial das economias. Os decadentes da vez disseram que a renda per capta do Brasil de 12 mil dólares anuais jamais atingirá os 40 mil dólares anuais dos ingleses, que as estatísticas estão erradas e tendenciosas (diga-se de passagem, que o instituto que pesquisou estes números é britânico) e outras chorumélas. O que os ingleses e o resto do G8 não perceberam é que a nossa ascensão é fruto da incompetência deles próprios.

     O prazer me chama... Boa noite!


Charge: Paulo Caruso


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Aos mestres, com carinho!


Por Abisaí Leite - do Rio de Janeiro

   Só uma mobilização NACIONAL DE PROFESSORES trará algum resultado prático nas políticas públicas para a Educação brasileira. Aliás, esse "negócio" (EM LATIM "NEGAR O OCIO") de descentralismo político num país ainda não "ocupado" integralmente pelas "forças sociais", só elitizam (no mau sentido) os debates plurais acerca de temas centrais.

   Sugiro os comentários constantes de clássicas obras, como a de autoria do historiador Luis Mir (Guerra Civil: Estado e Trauma) e a do Phd em História Social, membro da Academia de Letras e Decano da UFRJ José Murilo de Carvalho (Formação das Almas). Ou ainda da importante aula de Política, postada no Portal Transparência Brasil (da Fundação Perseu Abramo) com o também Historiador Marcos Guimarães Sanches, sobre o “15 de Novembro”. Em outras palavras: o Brasil transformou-se num "grande laboratório" para os aventureiros de hoje. Os "aproveitadores" desse profícuo cenário, a classe política, estão "adorando"(...) mentecaptos que são, pois o "tiro vai acabar saindo pela culatra, outra vez". Lamentável.

   A barbárie brasileira já está se desenhando e as maiores vitimas serão a própria "elite" tupiniquim. Os temas espinhosos estão sendo “empurrados” à toque de caixa nas últimas décadas no Brasil, já repararam? (Lei Maria da Penha, “Lei da palmada”, o tal do “bullyng” nas escolas, a “doideira” em que se transformou o “politicamente correto” ECA; ou seja, direitos, direitos, direitos...sem deveres na mesma proporção. À nossa vista, chover no molhado. Bastaria se fazer cumprir o obsoleto Código Penal Brasileiro (1942), que ainda vige entre nós, na avaliação de diversos jurisconsultos. O mesmo raciocínio poderia se aplicar à questão da badalada “homofobia”, por exemplo.

    A Constituição Federal de 1988, conhecida como “Constituição Cidadã”, constitui-se de um compêndio regulador normativo superior a 1 milhão de leis, a maioria delas deferindo condutas acerca do exercício da cidadania [plena] no país, sem no entanto demarcar aquilo que deveria nortear os parâmetros a serem obedecidos para que se cumpram obrigações antes de se obterem concessões. Mais um instrumento de manipulação jurídica (e política) à serviço dos que “podem pagar” pela “liberdade” (mais um axioma a ser explorado pelos intelectuais do pensamento, os filósofos, que, ao que parece, estão fazendo greve. Ninguém mais quer aventurar-se em depurar as falácias institucionalizadas e protocoladas em nome da sociedade civil (des)organizada nos fóruns sócias.

    Apurando-a (CF 1988) atentamente, cinco ou seis artigos constitucionais (no máximo, salvo engano) instruem a sociedade sobre as obrigações para com os seus pares e instituições. Na prática, convivemos com uma anarquia intangível e delirante, numa palavra esquizofrênica.

    Pautas como estas vem entulhando as "gavetas" das comissões senatoriais, e a concorrida Agenda do Congresso Nacional de uma maneira geral, sem falar do tendencioso Judiciário brasileiro, que têm franqueado sua atuação a papeis "invertidos", justamente pela ineficiência dos "analfabetos" e corruptos legisladores. Em outras palavras, os membros da Suprema Corte vem assumindo funções análogas às funções legislativas (ouvi isso de um magistrado [desembargador] na TV Justiça.

    Aliás, eles próprios (os legisladores municipais, estaduais e os "endinheirados", porém ignorantes e despreparados deputados federais, em sua grande maioria, são vítimas da falta de instrução e educação qualificados. Alguns sequer conhecem os fundamentos orgânicos e ideológicos dos partidos que os acolhem e defendem. Quando eleitos, desconhecem até mesmo as precípuas características da função legislativa (como regimentos internos, estatutos de funcionamento das Casas Parlamentares, leis orgânicas, Planos Diretores de cidades e outros dispositivos alusivos à atividade jurídico-política nos Parlamentos.

    Por isso a má qualificação formativa do legislador brasileiro. Pergunta-se: causa ou consequência da educação que receberam? É preciso resgatar “instituição Professor”, (palavras da Presidenta da República em plena campanha eleitoral) em nome de uma nova (e anti-demagógica) “moralidade”. Caso contrário, jamais conseguiremos competir com a China. Senão vejamos: hora da entrada em sala de aulas dos garotos(as): 07h00; hora da saída: 17h00 / SIC. Se não for isso ( inclusive os horários), favor corrigir-nos. Resultados: invejável poder de poupança interna e crescimento econômico médio de 11% ao ano (dados do Willian Boner, no JN) e confirmado pela Revista do Mino Carta (Carta Capital). Prometo arranjar mais alguns dados, quando ler as notícias da Coreia do Sul (que coloca 240 mil engenheiros no mercado/ano). não entremos na questão cultural, pelo menos por hoje A Pauta precisa ser cumprida. Catei de um amigo jornalista muito bem informado. Todas as nossas fontes são checadas com antecedência de 24 horas. Afinal estamos na Era da Globalização.

   Ementário: (Só para concluir!)

    Proponho a criação de um Sindicato Nacional de Professores (proposta pelo Senador Cristóvam Buarque). Não possuímos um Sindicato Nacional...Precisamos "Soterrar o grosso da Lei 9394/96 e engessar a Era FHC". Nossa elite deslumbrada, míope e em certa medida, iletrada paga ao FH R$ 50,000,00 (cinqüenta mil reais) por palestra. Assim não dá!

    Precisamos federalizar TUDO... ENQUANTO NÃO SE DISCUTE (NO CONGRESSO) a Reforma Política. Do contrário, viveremos outra(s) "geração(ões) (década(s) perdida(s)".

    Parafraseando Guevara, “hay que endurecerse pero sin perder La ternura jamás”,  E como tem dito o ecumênico Cristóvam Buarque “É preciso fazer a REVOLUÇÃO PELA DA EDUCAÇÃO” (não vou citar partido político aqui)  Aste la vista!!! .

 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Benevenuto vacilou

Por Antonio Siqueira



quando a segunda pele se apresenta

















      A sociedade elege como prioridades em sua vida saúde, educação e segurança, e as principais promessas dos políticos oportunistas são para essas áreas. Num contra-senso único, os profissionais dessas três áreas são os menos valorizados tanto no que diz respeito aos salários risíveis, quanto às condições de trabalho cada vez mais pífias. O Brasil paga um salários de 20 Mil Reais a juízes, na maioria das vezes, injustos e corruptíveis como crianças diante de um Play Station 3 e 6 vezes menos a um cirurgião. Não menos corrompível, mas de igual importância no contexto social, um Policial Militar ganha 20 vezes menos para arriscar-se diariamente a ser chacinado por meliantes que nunca perdoam se os identificam como tal;  Bombeiros Militares caçam malucos pelas ruas, resgatam cadáveres, arriscam-se a virarem churrasco em incêndios e tiram você das ferragens do seu carro por 860 Reais líquidos. Cabe uma reflexão? Evidentemente que sim. Mas o Cabo Benevenuto Darciolo vacilou...e feio!

      Benevenuto chamou a responsabilidade para si de forma brilhante no final de 2010 convocando as forças de segurança a discutirem formas de luta para obterem salários condizentes e condições dignas de exercerem suas funções. Esta é uma questão que não pode receber apenas ameaças de punições por partes dos organismos governamentais. No inicio do movimento, Benevenuto chamou as direções das seguranças publicas, não só do Rio, mas de vários estados da federação para discutirem a remuneração numa proposta comum e de forma adequada; o movimento foi desprezado...Os bombeiros, categoria da qual faz parte o jovem Cabo Benevenuto, paralizou suas atividades. Benevenuto liderou a invasão do Quartel Central do Rio de Janeiro; O Governador “Miliciano”, Sergio Cabral Filho, ordenou que o BOPE invadisse as instalações e atirasse, não respeitando as famílias desses bombeiros que lá estavam junto com eles. O movimento ganhou uma força popular jamais vista: Bandeiras vermelhas nas janelas de apartamentos, muros de casas e fitas amarradas em antenas e pára-brisas de automóveis por toda a cidade. Mas aonde errou Benevenuto? Ao sair do seu QG do excelente movimento SOS BOMBEIROS insuflando as forças de segurança da federação. Cabe uma ressalva; Errou moralmente, pois já havia uma logística obscura por detrás do movimento.

      O problema de “jovens revolucionários” como este rapaz é não conter seus ímpetos e suas ambições desmedidas. E convenhamos: Promover greve de serviços tão essenciais em época de carnaval e em cidades como Rio e Salvador é quase um tiro no pé. Além de mexer no coração da economia dessas duas cidades, detona uma ogiva de impopularidade, pois apesar de abominar o carnaval moderno e a forma que este tomou, tenho plena consciência de que boa parte do povão trabalha o ano inteiro na intenção desta misera semana momesca. Do ponto de vista jurídico, a questão não chega a ser complexa: a constituição proíbe no seu art. 142 §3°, IV, a sindicalização e a greve de militares. Bombeiros e policiais militares são também servidores públicos militares, não apenas pelo nome, mas porque são igualmente organizados nos princípios de hierarquia e disciplina, tal quais as forças armadas. Policiais e Bombeiros Militares são forças auxiliares e reserva do exército, como proclama o art. 144 §6º da Lei Maior. Encerrando, o art. 42 §1º da mesma Constituição da República declara textualmente que as disposições do art. 142 §2º e §3º, entre as quais a proibição de greve, aplicam-se aos militares dos Estados da Federação e do Distrito Federal. Daí as prisões com base nessas leis e Sergio Cabral correndo para a galera como uma espécie de 'Idi Amim Dada dos trópicos'. Benevenuto já havia concordado com o fechamento das ultimas conversações no que se referia aos salários, mas a imprudência ou necessidade de aparecer um pouco mais o fez delirar com um piso nacional de 3.500 Reais e com a instalação do caos. Não me surpreenderei se este rapaz eleger-se Vereador ou Deputado, Estadual ou Federal; Na Câmara, Na Assembléia ou no Congresso, ele irá comer no mesmo coxo dos mesmos porcos que desgraçam a Saúde, a Educação e a Segurança Públicas tão mencionadas nos discursos desses vermes nomeados e institucionalizados pelo seu voto que nada vale...Há tempos. Refletir é preciso, mas o show não pode parar. Que venha o carnaval!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Quando o inferno é o destino mais provável


Por Antonio Siqueira - do Rio de Janeiro



Uma aliança demoníaca que deixou sequelas
Segunda – Feira, 06/02/02002; Av. Presidente Vargas, Rio de Janeiro, 09:05Hs , mais precisamente. Os termômetros marcam desagradáveis 32ºC numa manhã de sol a pino. De dentro das escadarias do metrô da Estação Central do Brasil - Presidente Vargas, mais ou menos setenta pessoas saem com fisionomias que variam entre o transtorno e o estresse total numa pressa quase que ensandecida. Pergunto a uma senhora menos apressada e mais lúcida o que está acontecendo, pois aquele “grupo” parecia estar fugindo de um iminente ataque terrorista e ela responde com o semblante desolado: _ Meu filho, o metrô parou!

      O metrô carioca que antes parecia ser inacessível às camadas mais pobres da população e que chegou alcançar o status de um dos melhores do mundo por prestar serviços que beiravam à perfeição está sucateado; Atrasos de até 40 minutos, composições quebrando diariamente, sistemas de rfefrigeração que entram em pane na maioria das composições e estações subterrâneas, hiper lotação, composições (às vezes mais de uma) avariadas diariamente, caos na hora de entrar nos vagões (pessoas chegam a se ferir), catracas defeituosas que aumentam ainda mais as filas, acidentes de todos os tipos que envolvem composições e usuários nas plataformas e... Até assaltos pontuam o cotidiano de quem precisa do metrô. Tudo isso acontece desde que o Governo Estadual lançou o bilhete único que dá direito a um sensível desconto ao trabalhador ao usar ônibus, trem e metrô simultaneamente e este mesmo bilhete único é o terror da classe media da cidade.

      Dia desses, ao usar o metrô com destino à Tijuca, uma jovem universitária, moradora do Flamengo me confidenciava seu desgosto por ter que dividir o vagão com o “povinho que vem das zonas norte e oeste” como ela, tão sinistramente, sintetizou com essas exatas palavras. O pai é empresário do ramo de papelaria e com certeza o “povinho” que trabalha para o pai da pequena fascista advém das zonas norte e oeste da capital. Isso por si só não me surpreende; esse comportamento neo feudal já é, por demais, conhecido na nossa sociedade colonial e este vira-latismo ímpar está no DNA. O que me impressiona mesmo é a falta de compromisso das autoridades com o transporte publico. Logo após lançarem o tal ‘bilhete único’, o inferno passou a ser o destino mais provável para quem usa, não só o metrô, mas os trens urbanos, as barcas e os ônibus também. Nesse “inferno”, a jovem universitária do Flamengo, muito a contento, fará parte do churrasco coletivo. Estamos muito longe de aprender a lição...Lamentávelmente.

      Aliás...No mesmo inferno que se encontram as famílias dos cinco desaparecidos no desmoronamento do Edifício Liberdade e mais dois prédios menores na Rua Treze de Maio no  centro do Rio. Cinco corpos aos pedaços foram parar no lixão de Duque de Caxias e, pelo menos uns seis foram entregues mutilados aos seus entes queridos. Perturbadora mesmo é a história de uma mãe que passou uma semana circulando num transe absurdo pelo local na esperança de que seu filho estivesse vivo sob os escombros. Vera Lucia Gitahy, de 59 anos permaneceu por sete dias seguidos em frente aos escombros conversando com Bombeiros e Policiais e até tentando ajudar nas buscas, o que foi impedida. Quando encontraram Bruno Charles Gitahy, analista de sistemas da empresa T.O, que funcionava no 12ºandar do Liberdade, devolveram apenas parte do corpo do filho de Vera que deverá ir hoje ao Instituto Médico Legal tentar reconhecer os restos mortais de Bruno que compõem apenas parte do tronco e membros superior direito e inferiores, mediante à exame de DNA. Vera acredita verdadeiramente que as retro escavadeiras destruíram o cadáver de Charles. O prefeito Eduardo Paes também permaneceu durante sete dias na Rua Treze de Maio, mas para apressar a limpeza da área, pois o trânsito, o tráfego e os negócios não podem parar. Nova Iorque manteve fechados os quatro quarteirões que envolviam o Word Trade Center até que todas as possibilidades de resgate de corpos inteiros ou parte deles fossem esgotadas e isso durou exatos 40 dias. Não há como comparar tais eventos, apenas lamentar aqui a falta de decência da prefeitura do Rio de Janeiro. O prefeito Eduardo Paes pertence à uma classe de vermes menos evoluída, numa aliança que compõe o miliciano Sergio Cabral e o já sem tempo, sepultado Lula. É o que chamo aqui de Neo Chaguismo, onde o colo do diabo é quente, não veste Armani e tem sempre lugar para mais uma alma miserável.


domingo, 22 de janeiro de 2012

Sobre a mediocridade “global”


Abisaí Leite - do Rio de Janeiro    






















    

      Li um artigo do Veríssimo publicado há exatos onze meses e vinte e um dias, onde o ilustre cronista desferira um contundente e profundo corte na “agência global” ao criticar o formato do pornográfico e ignóbil BBB. Não por acaso, recebi um e-mail de um amigo não menos indignado e chateado que todos nós, apontando as mesmas preocupações apresentadas pelo autor naquela nota, que denunciara àquela altura os desmandos da emissora (rede Globo). Luis Fernando Veríssimo dizia que o famigerado programa vem invadindo a privacidade dos lares brasileiros, sem o menor cuidado quanto aos conteúdos de má qualidade e desprezo pelos incultos e desprovidos de maior inteligência, sem falar dos indivíduos fronteiriços e sem acesso aos meios mais qualificados em matérias e conteúdos midiáticos ou jornalísticos.

     Bem, passado esse ano (2011), adentramos dois mil e doze com nova edição do BBB, com “novos” personagens, o mesmo conteúdo, o mesmo formato, a mesma mediocridade, o mesmo apresentador e os mesmos requintes indutivos de manipulação da volitividade dos “pobres” telespectadores.  Pois é... Nada parece ter mudado na mentalidade daqueles que deveriam pautar suas vidas na produção cultural e na moldura dos alicerces da ética na condução do processo educativo e de consciência cidadã na sociedade brasileira, já que são os telespectadores quem financiam e “pagam” pelos “serviços” prestados pela mídia ao público que “compra” tudo o que é veiculado e propagandeado nas telas através de uma gigantesca “mala direta”[patrocinadores, lobistas, políticos, especuladores dos mercados financeiro e imobiliário _ afinal se trata de uma bela casa].

     Mas o que nos espanta e deveras intriga, é a falta de escrúpulos por parte destes signatários do império da indústria audiovisual. Na verdade o arbítrio exercido pelos proprietários da emissora nessa verdadeira rede de malfeitores alimenta uma secular plutocracia, interessados na manutenção dos privilégios de nossa elite. Indignamo-nos com o que explicita o deboche encarnado nas expressões faciais e nos gestos transmitidos pelos interlocutores que a cada dia se especializam na “arte da dissimulação” diante da desconfiança dos céticos e “desconfiados” como nós. Impossível não perceber a desfaçatez destes verdadeiros algozes de um povo já tão oprimido por uma existência iletrada e explorada ao extremo por séculos à fio.  Trata-se de uma nova maneira de mascarar a realidade e “esconder” o que está por trás dos esquemas que envolvem o processo seletivo para os candidatos a “heróis” no dizer do apresentador do programa, o senhor Pedro Bial.

     Não me espantaria (isto não!) se os mesmos agenciadores fossem flagrados com vultosas quantias em contas milionárias tentando burlar o fisco brasileiro. Ou quem sabe delitos envolvendo prostituição ou atividades tangentes, conforme revela o módus operandi das diligências policiais e de operadores do Direito Criminal que investigam quadrilhas de agenciadores de “modelos” que prestam  “serviços de acompanhantes” ao turismo sexual em exuberantes e suntuosos hotéis das grandes capitais.

     Resta então de nossa parte, manifestar veemente repúdio aos que desrespeitam os lares brasileiros e que ridicularizam de forma tão vil, a já tão carente sociedade, (sobretudo as nossas mulheres, já tão reificadas), empurrando goela abaixo todo esse lixo em forma de entretenimento, que em nada contribuirá para forjar a auto estima das novas gerações.


*Abisaí Leite é Professor de História, ativista apartidário e não tem interesses e plataformas politicas, pois se tivesse, aqui não estaria a escrever semanalmente

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Conexões: Guerra à guerra


Por Antonio Siqueira



A guerra - Pablo Picasso - 1952




     







     

      Picasso não foi apenas um inovador da pintura contemporânea. Seus quadros, como este que ilustra esta página, batizado de A Guerra, mostra todo o seu horror pelas hecatombes humanas. Sua visão humanística não considerava as guerras como inevitáveis. A Segunda Guerra Mundial resultou de terríveis contradições. Seu custo em vidas humanas foi muito alto e cidades inteiras desapareceram do mapa. Mais de setenta milhões de vidas foram ceifadas durante os bombardeios de centros populosos e interiores, a imensa maioria na Europa. Os campos de extermínio nazistas executaram industrialmente, seis milhões de judeus. Uma arma terrível – a bomba atômica – foi lançada pela primeira vez sobre duas cidades: Hiroxima e Nagasaki. Com a vitória das forças democráticas, mais a antiga União Soviética contra o totalitarismo fascista, a humanidade pensou que um novo mundo surgia sob o signo da paz... Ledo engano.

      Charles Darwin criou a Teoria da evolução, desacreditando as explicações religiosas sobre o surgimento da humanidade. Darwin não acreditava em Deus, mas a igreja interferiu em sua vida científica. Ele hesitou em publicar A Origem das Espécies, sua obra-prima sobre a evolução, por que não queria ofender a esposa, Emma, que, aliás, era prima de Darwin... Assim como Francis Galton, pensador brilhante fez grandes contribuições às diversas ciências, da estatística à criminologia. Ele também foi o primeiro a ver um significado político nas teorias do primo Darwin. Galton é o criador da eugenia, interpretação do darwinismo que prega ser possível acelerar a evolução – bastaria acabar com as pessoas menos inteligentes – Uma teoria infame que agradou muito a Adolf Hitler e, conseqüentemente, transformou-se na plataforma unilateral dos Nazistas. O nazismo é um “ensopado” indigesto e inconclusivo, uma farofada conceitual que mistura Bismark, Nietzsche, neopaganismo, eugenia, darwinismo social e, claro, anti-semitismo. Os nazistas não eram tão imbecis assim e queriam evitar um conflito direto com os EUA. Por isso, até 1941, diziam que os norte-americanos eram “gente fina”, mesmo havendo muitos judeus em sua população. Conversa que, evidentemente, não fazia nenhum sentido para o Japão Imperial. Aliado da Alemanha desde 1940, o Japão importou e adaptou os conceitos raciais nazistas. Porém, pegou mais pesado: Sua proposta era expulsar os exploradores brancos da Ásia e da Oceania. Em sete de dezembro de 1941, os nipônicos atacaram a base yanque de Pearl Harbor. Isso arrastou os EUA para a Segunda Guerra Mundial.

      O que mais assusta nestas conexões é que, independente destas mesmas terem provocado, de certa forma, um genocídio histórico sem precedentes; ainda mata-se e com muito mais regularidade do que nas duas grandes guerras do século XX e o século XXI ainda é o século dos grandes carniceiros; alguns ainda vivos outros mortos.  A dura realidade humana é que vivemos numa era de matanças sem limites. A ONU deveria representar o interesse de todos os povos em viver num mundo em paz, de compreensão e cooperação internacional. Porém, nunca passou de uma liga de Estados com interesses unilaterais e até coniventes com os desmandos internacionais.  Exemplos latentes como a ‘eterna’ tortura promovida por Israel à decapitada Palestina, as invasões do Iraque em 1992 e 2003 pela famigerada Bush Family, a ocupação do Afeganistão com pretexto de caçar terroristas financiados pelos próprios norte-americanos (estes mesmo, facilitaram e muito as ações de 11 de setembro de 2001 em seu próprio território com interesses que parecem absurdos, mas que coexistem com os fatos), os extermínios em massa de povos africanos e de inúmeros povoados balcânicos e, mais recentemente, a guerra dos cinco dias causada pela invasão da Rússia à sua antiga República separatista, Geórgia, onde cinco mil cidadãos foram mortos, torturados e desabrigados por mercenários cossacos e o atual Terrorismo de Estado em países como Líbia, Egito, Yemem e Síria relativos à Primavera Árabe nos dão à terrível estatística de cem anos de guerras promovidas por assassinos institucionais.

      A Nova Ordem Mundial insiste em sobreviver como um fantasma global e a provocar essa hecatombe social e civilizacional, onde teorias conspiratórias apenas funcionam como pavios tortos que explodem sempre para o lado mais fraco. A miséria se multiplica aos pés de uma globalização construída sobre os pilares da ignorância de um planeta ainda feudal e arcaico no sentido exato da compreensão, onde não cabem revoluções de ideais ou manifestações de descontentamento, pacíficas. O poder não emana do povo como sonharam os Iluministas, equivocados e guilhotinados e, no que concerne ao poder ocidental, apesar das aparentes boas intenções; só serviram de base para a grande desgraça mundial. É preciso que haja uma reflexão profunda que parta de alguma inteligência além deste mundo humano e apodrecido, que nutra com o mínimo de bom senso e arbítrio evolutivo os reais motivos de existirmos ainda... Antes que seja muito tarde, pois o tempo urge e a hora do acerto de contas com infinito se faz cada vez mais presente.


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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Carta Aberta de apresentação ao Blog "Politica & Afins"

Caríssimo Antônio e todos os queridos colaboradores do Politicas & Afins


Como bem sabes, ando assoberbado com as minhas atividades profissionais, que atualmente vem consumindo boa parte do nosso exíguo tempo. Aliás, Por falar em tempo, há décadas venho insistindo na idéia de que é preciso investir na educação do povo. Parece um pensar pueril, idealista, redundante. Mas não é caro amigo. Quando se fala em educação é preciso remeter-se à formação geral do indivíduo, e a partir de então, contagiar todo o tecido social, tornando a unidade deste corpo capaz de abstrair e elaborar melhor os inevitáveis conflitos que pairam sobre nossas vidas. Sim, digo nossas vidas, porque ninguém da educação que recebe escapa, seja ela de boa ou de má qualidade.

     No entanto é preciso evitar monitorá-la em termos apenas quantitativos, mas por seu complexo legado que dotarão a esta incipiente civilização brasileira, os componentes que poderiam forjar um verdadeiro “sentimento de nós”, como diriam os sociólogos. Valores estes que formaram nações que completaram o processo tecnológico em diversos países centralmente localizados, diminuindo em certo sentido, o fosso presente nas relações de capital e trabalho. Aliás, a mais-valia aqui na periferia do mundo capitalista é por demais perversa.  Por falar em sociólogos, não poderia deixar de falar [mal] do ex-professor e ex-presidente FHC. Este homem tivera sido um dos maiores responsáveis pela adulteração do “combustível intelectual” genuinamente brasileiro, generosamente doado por gentlemens como Paulo Freire e Darcy Ribeiro. Tudo em nome de seu pedante projeto pessoal e subserviente ao que se convencionou denominar Consenso de Washington: um grupo de alienados americanistas (do norte), que prescreveram para a América Latina, o estado mínimo; um ideário seguido à risca pelos chefes de Estado de todo resto deste rico e cobiçado continente.

      Assim, a educação, a saúde, a habitação e em certa medida a própria segurança pública, foram duramente preteridas da agenda programática dos sucessivos governos tucanos e dos seus asseclas (DEM/PPS, ETC.), em parte dos estados e municípios brasileiros, que aplicaram o mínimo possível de recursos na educação básica. Resultado: analfabetismo funcional, evasão escolar crônica por cerca de três décadas, violências e violações de uma forma geral, intolerâncias... Numa palavra, barbárie. E em convívio imediato e direto com os ditos “civilizados”. Pergunta-se: Aonde vamos parar? Para onde iremos desse jeito? Que país é este?

      Três questões elucubradas pelo meu ambivalente senso comum, na minha sofrida psique, há pelo menos quarenta anos.

       Nos os próximos trinta ou sessenta, sabe lá, comporemos alguns axiomas eternamente editados pela espécie humana: De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos? Arrisco tais proposituras por amor à minha espécie e tolerância aos infiéis. Afinal até mesmo no dito primeiro mundo (expressão em desuso, desde o fim do socialismo real e da queda do muro de Berlin, em 1989), paira a ausência de amor e sentimentos, diria, mais nobres... como “amor ao próximo”...olha eu tergiversando outra vez. Não adianta, sou irremediavelmente romântico, querido Antônio Siqueira, mesmo após aquele famigerado episódio do cruzado norueguês... lembra?

       Portanto não é de hoje que ouvimos falar que o “Brasil é um gigante adormecido”, “um país que vai pra frente”. Cadê esse dia que nunca chega?! Outra pergunta que não quer calar: Cadê o dinheiro do “Criança Esperança”? Calma, gente... estou só brincando de ser ingênuo...afinal, como diria o vendido (ou comprado), sei lá, do Arlindo Cruz, “isso é globalização”. Ou seria alienação? Falta de educação. de instrução...de compreensão...ou lá o que seja.

    Abisai Leite
    Professor de História SEEDUC-RJ


* Extensivo aos, também, queridos colaboradores: Mariza Lourenço, Luis Junior, Alice Nagai, Luiz Felipe Leite e Silvia Schroeder.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Transparência, combatividade e dignidade

Por Antonio Siqueira do Rio de Janeiro


 


   









      No final da manhã da ultima quinta-feira tive um encontro inesperado e, ao mesmo, tempo, bastante proveitoso em frente ao Conselho Regional de Educação do meu bairro com o Professor Abisaí Leite, ou simplesmente Bisa. Amigo de longa data, ex-colega da escola secundária, musico muito criativo e de percepção inigualável de gêneros, estilos e seguimentos. Atualmente, Abisaí Leite se desdobra como professor de história da humanidade da rede publica, historiador, agente administrativo e ativista. Suas atividades no movimento Transparência Brasil sempre foram acompanhadas por este que vos escreve:

VALORES BÁSICOS:

* Apartidarismo
* Coragem
* Ética
* Imparcialidade
* Independência
* Justiça
* Responsabilidade social
* Transparência
      
      O momento que o Brasil e a América Latina atravessam, exige total atenção no que concerne às transições e transformações paradigmáticas em quase todos os setores da atividade humana, se considerar-mos os costumes e as tradições presentes na cultura das nações em desenvolvimento. A desigualdade social é fato e está aí a olhos vistos, não há crescimento sustentável, a cultura não acompanha o progresso e o desenvolvimento e a corrupção é um câncer em metástase permanente. Abisaí é um ferrenho e incansável combatente das mazelas que ferem tão profundamente o Brasil como um todo e agora colabora para a Política & Afins. Seja muito bem vindo, Professor; o espaço é seu.

     O Mensalão prescreve em 2012, é o que parece. Ontem ouvi de um especialista que o Mensalão pode continuar a ser julgado até 2014. Não cabe aí um palavrão? Um insulto? Façamos isto num botequim, que é o lugar mais apropriado. A verdade é que esses parlamentares entram e saem ano, permanecendo lá e os que entram pelo voto do povo anfíbio e quadrúpede, acabam tirando do serio o mais pacifico dos pensadores. Além do salário líquido, que daria para sustentar a merenda escolar de 10 escolas municipais ou estaduais, esses vermes recebem, comes, bebes, cheires, e se os banheiros não estiverem lotados, as comissões e os jetons de costume. Automóveis para as testemunhas e passagens de avião para a maioria que não vive em Brasília. Há aqueles que gostam de caronas e jatinhos executivos e, num arroubo ‘hormonio-feromonial’, manifestam uma excitação incontrolável pela mandatária da nação. Esses podem acabar sem seus testículos ou, na pior das hipóteses, sem suas cabeças mesmo. Zangões acabam assim, invariavelmente; faz parte da cadeia, do ciclo de vida  de qualquer inseto ou parasita que se preze.

      Cabe também uma pergunta: Pergunto-vos, leitores, como classificariam o fato de o Mensalão (que vem tendo a sua popularidade empanada pelo CPMF (que voltará com força total), CTT, Vale Ração e Fome Zero, pode continuar sendo julgado até 2014? Cabe um insulto: Algo assim como um “Vai trabalhar, vagabundo!” E para não dizer que não se fez nada, criou-se a Medalha de Honra à Ética, Jader Barbalho. Sim... Ele está de volta, acreditem!

      O que mais aterroriza é a mídia geral. A mídia que chega aos pobres, aos que não tem pra onde correr e veem num aparelho de TV a salvação de suas almas. O diálogo entre Pedro Bial e José Bonifácio de Oliveira Sobrinho no Aglobalhado Altas Horas do srº Sem Noção, Serrgginho Groisman, nos remete a um Brasil miserável, construído e constituído sócio-culturalmente por uma ditadura militar capitaneada com que se teve de pior em termos de material humano por estas bandas. Não cabe aqui mais nenhum comentário, pois o estômago é fraco e o ano que se inicia não será fácil para ninguém. Cabe apenas o apelo dramático não de um, mas de alguns milhões de seres que ainda primam pelo bom senso: DESLIGUEM A REDE GLOBO DE SUAS VIDAS... Aliás, delete a TV Aberta de sua vida para que tu não te sintas mais miserável ainda, prezado leitor! Faça um jantarzinho, convide a sua mulher para uma reflexão e ligue o rádio. O que fazer com as crianças? Inicie o seu filho ao bom hábito da boa leitura. Conselhos utópicos estão longe de ser proibidos, mas ... Vai que pega!


Notas:

* O Rio de Janeiro precisa se livrar de Eduardo Paes. Um prefeito que apóia ONGs ao incentivar a privatização e a precarização do sistema de saúde não pode ser uma pessoa séria. Um Governo probo jamais pode ir contra os concursos públicos.


* Todo início de ano, trocam-se os votos de felicidades pela tragédia mais que anunciada nas regiões serranas. Lamentavelmente, no Brasil, as providências são na base do improviso. Quando as chuvas param, o inferno continua, pois a burocracia e, não raro, o peculato, impedem o socorro. Sugestão da semana: Mantenham-se longe dos políticos e que se se institua a cultura dos mutirões.