quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Coréia: Sessenta Anos de um Conflito


A Guerra dos Cretinos 

    Por Antonio Siqueira - do Rio de Janeiro



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           Há quase seis meses, mais precisamente no dia 27 de maio, a imprensa estatal chinesa noticiou que Kim Jong-un, o lunático ditador da Coréia do Norte, escreveu em carta de próprio punho que desejaria retomar as negociações sobre o programa nuclear norte-coreano com seis participantes, as duas Coreias, Estados Unidos, Rússia, Japão e China. A oferta foi rejeitada pela presidente sul-coreana, Kim Hyung-seok. É possível que o gordinho aloprado volte a fazer ameaças, manobras de guerra e outras sandices símias mais. Macacos são menos bufões que este jovem retardado que herdou o poder de um país arruinado miseravelmente pelo comunismo de cartel. Coréia do Norte e Coréia do Sul concordaram com um armistício em 27 de Julho de 1953, onde nenhum dos dois países assinou nada. Em suma: continuam oficialmente em guerra 60 anos depois.

                        Enquanto sua população carece da mais básica das matérias-primas, a Coréia do Norte concentra há mais de quarenta anos, todos os seus recursos na corrida armamentista, seu exército é o quinto maior do mundo em números. Os coreanos do norte sempre foram armados até os dentes por China e Rússia e com o fim da União Soviética, cientistas e generais russos, todos com conhecimentos notáveis em logística atômica, saíram pelo mundo vendendo seus serviços por alguns Bilhões de dólares. Como Paquistão e Índia conseguiram desenvolver tecnologia para serem hoje, duas temidas potências nucleares? Explica-se aí o fato de a falida Coréia do Norte possuir armas nucleares e que poderiam ser transportadas em mísseis de cruzeiro. Alguns destes dissidentes do falecido regime comunista do exército vermelho estão bilionários e, na maioria dos casos, anônimos.

                   A Perestróica, ou reconstrução econômica, foi iniciada em 1985, logo após a instalação do governo Gorbatchóv. Consistia num projeto ambicioso de introdução de mecanismos de mercado, renovação do direito à propriedade privada e diferentes setores e retomada do crescimento. A Perestróica visava reduzir os monopólios estatais, descentralizar as decisões empresariais e criar setores comerciais, industriais e de serviços nas mãos de proprietários privados nacionais ou estrangeiros. Só que essa reforma não soube o que fazer com os mísseis nucleares e seus engenheiros, cientistas e oficiais militares que residiam nas repúblicas separatistas. Aliás, este separatismo fazia parte do pacote de reformas, porém o arsenal foi deixado em segundo plano. Deu no que deu: centenas de apreensões feitas pelas marinhas norte-americana, francesa e inglesa de dispositivos, peças para montagem de centrífugas e contrabando de plutônio enriquecido se sucederam nestes 28 anos. O vasto material que passou ou foi entregue e montado por estes cientistas militares, aperfeiçoa hoje, as máquinas da morte de alguns líderes de nações terroristas como a Coréia do Sul. Com as bênçãos de China e Rússia, sentem-se à vontade para ameaçar que quer que seja.

                  Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a derrota de Hitler e do Império Expansionista Japonês, a grande ameaça ao “Tio Sam” e à Europa sofisticadamente capitalista, passou a ser o Comunismo. Este “fantasma” pronto para comer as criancinhas do mundo, a confiscar os seus bens e a aterrorizar o ‘status quo’ coletivo.  O Comunismo manifestado por Karl Marx e Friedrich Engels seria um sistema socioeconômico que negaria a propriedade privada dos meios
de produção. Os meios de produção são de propriedade comum a todos os cidadãos e
são controlados por seus trabalhadores.  Sob tal sistema, o Estado não teria necessidade de existir e seria extinto. Como o cristianismo e outros “ismos”, Marx e Engels foram sabotados.  O Comunismo que urgiu no começo do século, cuja Rússia foi o primeiro “Estado Moderno” a adotar o regime, foi um sistema de governo bolado por espertinhos e que consistia na dominação do povo por uma minoria que vivia nababescamente enquanto o povo recebia o mínimo necessário para sobreviver. Na Rússia o povo ganhava muito pouco e, além disso, não tinha nem onde gastar esse pouco porque os supermercados viviam às moscas, sem mercadorias. Enquanto isso os membros da "nomenklatura" (a classe dirigente) tinham tudo do bom e do melhor. E o mundo conheceu esta face, que na teoria dos manifestos visava diluir a pobreza e a desigualdade, tornava-se um estorvo sem precedentes fechado por uma cortina de aço.

                   Os Estados Unidos da América eram um território habitado por indígenas seminômades no final do século XV, quando Cristóvão Colombo, um navegador cuja inteligência era limítrofe e teimoso ao extremo, descobre a América. Entre os séculos XVI e XVII, os espanhóis exploraram a Flórida e o Colorado; os portugueses, a Califórnia; os franceses, o vale do Mississippi; e os holandeses fundam a colônia de Nova Amsterdã – tomada em 1664 pelos ingleses, que rebatizam sua capital como New York. Mapeado por William Hack, um inglês fabricante de mapas, porém longe de ser um cartógrafo. Para trabalhar nas colônias britânicas, escravos negros foram trazidos da África a partir de 1619. No ano seguinte, uma seita de presbiterianos ingleses, mais rigorosa, conhecida como "puritanos", funda Plymouth... Entre 1630 e 1640, uma grande migração de colonos britânicos povoa Massachusetts e Connecticut. O regime de relativa autonomia de que gozam os povoadores das 13 colônias britânicas é alterado entre 1764 e 1775, quando a Inglaterra aumenta os impostos e lhes restringe as atividades econômicas. Em resposta às medidas, as colônias declaram guerra à metrópole em 1775 e, em 04/07/1776, dá-se na cidade de Filadélfia (no Estado da Pensilvânia) a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América.
   
              O reconhecimento da soberania norte-americana ocorre em 1783. A Constituição dos Estados Unidos é escrita e ratificada pelos 13 estados, entrando em vigor em 1789, quando George Washington torna-se o primeiro presidente dos EUA. Durante o século XIX, o país expande seu território até o Pacífico por meio de compra de possessões, guerras e conquista de territórios indígenas. Em 1803, a Louisiana é comprada da França. Em 1819, a Flórida é adquirida da Espanha. Entre 1846 e 1848, na guerra contra o México, os EUA conquistam a região que vai do Texas à Califórnia. Entre 1848 e 1850, a chamada corrida do ouro atrai mais de 80 mil pessoas à Califórnia. Novas migrações para o oeste, de 1850 a 1890, dizimam as tribos indígenas rebeldes. A conquista de territórios se estende até o Alasca, comprado da Rússia em 1867. Nascia ali o Império Capitalista, a "Roma Moderna" que mudaria o mundo e seus costumes até os dias de hoje. Belicistas por natureza, os Yankes ajudariam a incendiar um pouco mais o mundo conhecido e seria a antítese mais poderosa do Socialismo Europeu. Depois que o ultimo canhão se calasse na Segunda Guerra Mundial, o mundo conheceria outros demônios tão terríveis quanto os nazistas, fascistas e imperialistas japoneses, porém; agindo com as bênçãos e concessões da legitimidade. Os assassinos institucionais matariam até o Terceiro Milênio em nome da “liberdade”.

               A Guerra que dividiu a Coréia em dois territórios foi primeira batalha militar a opor capitalistas e socialistas, deixando o mundo quase à beira de uma guerra nuclear. Semente esta, plantada em 1945, com o fim da Segunda Guerra. Na ocasião, a Coréia (na época, ainda um único país) estava ocupada pelos japoneses que começavam a se render às tropas aliadas. Os dois principais líderes do bloco, os Estados Unidos e a União Soviética, concordaram em dividir a rendição: os soviéticos receberiam as tropas nipônicas que estivessem na parte norte da Coréia, acima da latitude de 38 graus, enquanto os americanos cuidariam dos soldados do sul. Esse episódio acabou fracionando o país e gerando as duas Coreias. A do Norte, ligada à União Soviética, se tornou comunista. A do Sul continuou abraçada ao capitalismo, apadrinhada pelos americanos.

                O Presidente Henry Truman, que havia sido eleito para um novo período em 1948, sabia que a União Soviética tinha forças colocadas em posição de ataque em uma dúzia de lugares estratégicos da Alemanha à Turquia. Era evidente que eles não desejavam esperar que a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se tornasse poderosa. Em junho de 1950, chegava a noticia de que a Coréia do Norte, armada com tanques e aviões russos, havia ultrapassado o Paralelo 38 em busca da expansão de seu território e encontrava às portas de Seul, capital da Coréia do Sul.

                Embora os EUA tivessem declarado por inúmeras vezes que jamais interviriam na região depois do mar de sangue em que já havia mergulhado há Ásia cinco anos antes e do General Douglas Mac Arthur, herói condecorado da vitória do Pacífico, tivesse dito que qualquer pessoa que considerasse conveniente o envolvimento de forças norte-americanas na Ásia deveria mandar examinar a cabeça, Truman e seus conselheiros sentiram a necessidade de uma ação imediata. Em 24 horas o presidente anunciou que estava enviando forças aéreas e navais dos EUA para a Coréia do Sul que e havia ordenado que a Sétima Frota Naval protegesse Formosa.
   
                 Durante seis semanas os sul coreanos, americanos e outras forças formadas travaram uma batalha sangrenta em que nenhum um lado nem outro sediam um metro sequer. Os norte-coreanos mostravam uma bravura fanática. Muitos deles haviam lutado nas fileiras chinesas,. Japonesas ou russas durante a Segunda Grande Guerra. Além do mais, possuíam excelente equipamento soviético, especialmente tanques e eram superiores em números. Porém o Oitavo Exército Americano aguentou firme e com as tropas da ONU retomando a ofensiva, desembarcaram em Seul e neutralizaram o inimigo. No final de setembro, Seul se encontrava novamente nas mãos de Syngman Rhee, presidente da Coréia do Sul na época. E logo depois as tropas defensoras já perseguiam os invasores do outro lado do Paralelo 38. Uma questão crucial agora teria que ser respondida: as forças da ONU deveriam parar ou continuar o avanço até subjugar toda a Coréia do Norte e unificar o país? Mac Arthur estava convencido que se avançasse e perseguisse o inimigo além do Rio Yalu, fronteira com a Manchúria e a Sibéria, iria tomar as montanhas, conseguir mais gente e capturar mais tanques e a aviões russos para renovar o ataque. Só que havia um, porém perigoso neste caminho de ambições do general yanque: ele acabaria indo mais longe do que deveria. O Ministro das Relações Exteriores da China, Chao Em-Lai, afirmara dias antes que os chineses não assistiriam de braços cruzados à invasão de seus vizinhos e aliados norte-coreanos. Quando parecia que a resistência norte-coreana havia terminado por completo, as tropas norte-americanas encontraram, a 30 de outubro, grandes unidades de tropas chinesas a cerca de 75 quilômetros ao sul do Yalu. Reconhecimentos subsequentes davam conta de que os chineses tinham concentrado um exército de cerca de 850.000 homens na Manchúria e estavam movimentando unidades avançadas em direção à Coréia do Norte.

                Mac Arthur, ansioso por descobrir os objetivos chineses, resolveu pagar para ver. Ordenou ao oitavo Exército iniciar uma ofensiva geral em 24 de novembro. A decisão de Mac Arthur foi um erro estratégico e quase fatal, pois os chineses contra-atacaram em 26 de novembro e dividiram quase que completamente as duas alas norte-americanas e praticamente dizimaram as forças da Coréia do Sul. O Oitavo Exército se retirou para a área de Seul. Após duas semanas de luta desesperada, o que restava da segunda divisão de Fuzileiros Navais e de três divisões coreanas chegava ao porto de Hungnan, sendo evacuada para a linha principal de defesa das Nações Unidas numa das operações mais espetaculares da história da guerra moderna. No dia 16 de Dezembro, o Presidente Truman declarou estado de emergência nacional.



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                 A luta na Coréia, no inverno de 1951, foi provavelmente uma das mais cruéis da história americana. O frio e as tempestades; o terreno acidentado com montanhas escarpadas, pântanos traiçoeiros e rios sem pontes; a ferocidade de um inimigo que não concedia quartel; a natureza desesperada e determinada das batalhas e que, às vezes, regimentos inteiros deixavam-se dizimar por horror de serem capturados pelo inimigo. Tudo isto transformava a luta em uma experiência penosa. E Abril de 1951 os comunistas realizaram dois ataques ferozes que custaram 200.000 vidas. As retaliações das forças americanas, mais a ONU foram igualmente carniceiras e os capitalistas cruzaram mais uma vez o Paralelo 38, a Coréia do Norte foi quase que totalmente destruída. No meio deste fogo cruzado, a política ia mal, a opinião pública horrorizada com a possibilidade de uma terceira guerra mundial. Boatos de que Truman ordenaria mais cedo ou mais tarde ataques nucleares contra a Coréia do Norte e a China se chegavam cada vez mais perto da realidade. Truma destituiu Mac Arthur e a possibilidade de um cessar fogo passou a ser negociada. A URSS abriria A negociações na ONU no começo de 1952 e os EUA reconheceriam assim a soberania japonesa.


             Nesta farra de bombas do Capitalismo VS Comunismo, 2,5 milhões de mortes, a maioria de civis inocentes, fora a conta da aventura geopolítica entre EUA, URSS e China. O cessar fogo foi acatado, os norte-americanos retiraram a maior parte de seu contingente até dezembro de 1953. As duas Coreias permaneceram divididas e destruídas. O armistício das duas nações não foi oficializado, o que se conclui que as duas Coreias ainda estão tecnicamente em guerra. As ameaças da Coreia do Norte se repetiram ao longo destes anos, e aumentaram de dois anos para cá, quando é, praticamente, reconhecido seu poderio nuclear. As provocações por parte dos Comunistas do Norte são antigas e com a ascensão do Gordinho Retardado ao poder e no comando do exército, podem chegar ao extremo. Em 27 de julho próximo, completam 60 anos de um cessar fogo que não convenceu a humanidade. O Teatro de Cretinices continuará, até que alguém tome a infeliz iniciativa de apertar o tão temido botão vermelho do seu arsenal atômico.


Imagens: Dream Strime


Cretinices que Custam Vidas





sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Muros de pedras:
Sem política cultural, Minas Gerais 
perde seus antigos muros

Por Pepe Chaves*
De Belo Horizonte-MG
1º/11/2013 
Rótulo do dvd 'Muros perdidos em Minas Gerais',
que vai ser lançado em 2014.

Este ano parti para uma empreitada desafiadora: a produção do dvd "Muros perdidos nas matas de Minas Gerais", mostrando o descaso com as mais antigas construções da velha capitania. São muros de pedras perdidos nas matas, ou melhor, o que resta deles, ainda se encontra no alto das colinas mais inacessíveis. Muitas destas construções, que nem sequer foram ainda devidamente estudadas, estão sendo extintas pela exploração imobiliária na região de Itaúna-MG, local em que se passa o nosso documentário. 


Para muitos, estes muros teriam sido um legado dos escravos que habitaram a região nos séculos 18 e 19. No entanto, outras possibilidades surgem depois de algumas pesquisas de campo, propondo que a datação destas construções possa ser muitíssima mais antiga do que é comumente proposto.

Detalhe do muro de pedras na Mata da Onça,
em terreno da Prefeitura de Itaúna.

Entretanto, ainda que se trate de arquitetura de escravos, estas são as obras arquitetônicas mais antigas do município de Itaúna. No entanto, apesar dos nossos várias alertas, as autoridades locais nem sequer reconhecem a importância histórica e cultural destas construções, que têm sido destruídas para o uso de suas pedras na construção civil. Dois grandes muros foram destruídos recentemente em colinas da cidade, no bairro Veredas e no bairro Belvedere, quando do surgimento desses bairros.

Não há nenhum trabalho de conscientização por parte das autoridades junto à população local, que vê nestes muros, apenas um amontoado de pedras, prontas para serem usadas nos alicerces ou muros de suas casas.

Detalhe do muro situado próximo ao bairro Cidade Nova, em Itaúna-MG.

Além de mostrar cinco distintos muros, com suas metragens, tipo de pedras e principais características, este documentário também registra a fauna e flora locais, nas belas paisagens da periferia de Itaúna. Ao longo desse trabalho, vários exemplares de animais nativos foram flagrados pela nossa reportagem e, igualmente às construções de pedras que mostramos, estão também ameaçados pela rapidez do avanço urbano na região de Itaúna.

O principal propósito da produção deste trabalho é abrir diálogos e discussões sobre estas enigmáticas e desprezadas construções históricas. Bem como, soa como um novo alerta, para que as autoridades do patrimônio e da cultura de Itaúna, como o CODEMPACE, o Ministério Público (Meio Ambiente), além da sociedade civil, abram os olhos para esta nossa riqueza e se mobilizem para salvar o que ainda resta das velhas construções que atravessaram séculos para chegar aos nossos tempos. 

Este trabalho é escrito e dirigido por mim, com a participação especial do pesquisador itaunense J.A. Fonseca e trilha sonora original por Dery Nascimento e Edson Frank. A produção desde trabalho conta também com a colaboração de três pesquisadores do exterior, o arquiteto uruguaio radicando do Rio de Janeiro, Carlos Pérez Gomar, o arqueólogo italiano radicado em Bogotá, Yuri Leveratto e o pesquisador arqueológico russo Oleg Dyakonov, de Moscou.


'Não há nenhum trabalho de conscientização por parte das autoridades junto 
à população local, que vê nestes muros, apenas um amontoado de pedras, 
prontas para serem usadas nos alicerces ou muros de suas casas'.

Agradeço ao blog Política & Afins, por abrir este espaço para divulgarmos estes valores de Minas Gerais, tão ignorados pelas comunidades e autoridades, mas jamais por aqueles que amam a nossa história, etnologia e arqueologia.

Em breve estarei postando o novo trailer aqui e trazendo mais informações da produção. Quem desejar colaborar de alguma maneira, encomendando o dvd, opinando ou sugerindo, favor entrar em contato: pepechaves@yahoo.com.br.

Para saber mais sobre os antigos muros e acessar nosso programa Matas de Minas (TV FANZINE), apresentando videos exclusivos e inéditos de alguns dos muros de pedras que visitamos no interior de Minas Gerais, clique aqui.

Venha comigo nessa viagem pelas matas de Minas...

* Pepe Chaves é editor do diário Via Fanzine e produtor para a TV Fanzine - BH/MG

- Fotos: Pepe Chaves.