terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O Comunismo Errou

Por Antonio Siqueira do Rio de Janeiro



Pantomina Comunista
   









   

    Os pensadores Karl Marx e Friedrich Engels acreditavam que, para o sucesso do regime comunista, o país onde deveriam ser implantadas as teorias econômicas descritas no Livro “O Capital” seria na Inglaterra, país avançado no regime capitalista. Mas, ao contrário, quis o destino que o processo fosse iniciado em 1917 sob a liderança de Lenin na URSS, um país atrasado, feudal e pobre.

    Pois bem, ao invés de tornar-se na acepção da palavra um regime comunista, o que se viu ao longo do tempo tratou-se de um capitalismo de Estado. Assassinatos de milhões de russos, expurgos, terror, e até uma busca desenfreada para assassinar Leon Trotsky, que deixou o país e foi morto no México por agentes soviéticos com um golpe de picareta desferido covardemente pelas costas. Não podemos esquecer também do atentado que vitimou Lenin e o levou à morte. Portanto, a luta pelo poder a qualquer custo foi a marca desse regime que muitos teimam em rotular como comunista. Regime que criou fantasma e traumas acerca de sua violência, que duram até hoje, mesmo na cabeça de quem esteja há anos-luz desta realidade e que representa um abismo imenso se posto diante às ideias revolucionárias de Marx e Engels. Se olharmos à luz da humanidade, o maior e mais bem sucedido ideal comunista, nasceu da utopia e dos ensinamentos de um jovem carpinteiro de Nazaré, há mais de 2000 anos. A história deste homem fantástico e o seu trágico destino, todos sabem em qualquer canto deste orbe terrestre.

    O comunismo, na realidade ainda não foi implantado em nenhum país e creio que dificilmente irá ocorrer, enquanto perdurar o regime capitalista, que não é a última palavra. Entretanto, é a que está imperando no momento. O processo iniciado na Rússia se multiplicou e guarda semelhança com outros países, principalmente o exemplo chinês, que começou com fortíssimo controle do aparelho estatal e hoje caminha rumo ao mais cruel processo de acumulação de capital na mão de poucos cidadãos em detrimento da imensa maioria do povo amarelo. Tanto nos países que rotulam como comunistas, quanto nos taxados como capitalistas, predominam os privilégios dos grupos que se encastelam em torno do poder para tirar vantagens pessoais da máquina do Estado, visando amealhar fortunas hoje muito "bem protegidas" em paraísos fiscais por seus entes e pessoas queridas.

    Para o povo sobra sempre o mínimo necessário para a sobrevivência. Logo, as castas, que não existem somente na Índia, país profundamente desigual, ocorrem também nos EUA, na Rússia e na China, aqui e acolá. Falar em esquerda e direita com tantas coisinhas miúdas que se somam em um banquete único de ideias e ações absolutamente iguais, que diferem apenas no método de ação destinado a enganar corações e mentes, sinceramente, equivale a acreditar nas mentiras que os poderosos despejam sobre nós a cada dia através dos órgãos de informações públicos e nos privados financiados pelos entes do Estado.

    E a vida segue seu destino inexoravelmente.



*Um Feliz 2014, como menos desigualdade para o mundo humano


sábado, 28 de dezembro de 2013

Os Reféns


Por Osvaldir Sodré da Silva do Rio de Janeiro

Os organizadores, pressionados pela opinião pública, dizem que os bilhões de gastos, não irão somente para os estádios, mas, para a infraestrutura e mobilidade urbana,  mas, o governo afirmar, que  não sairá um centavo dos cofres da União é de tamanha desfaçatez, que chega a ser irritante, mas, que passa desapercebida pela população leiga, e mesmo aos olhos e ouvidos dos que fingem aceitar, por usufruírem do que está aí.

Ora, se é o BNDES quem financia, com linhas de crédito a juros subsidiados, e tomados pelos  governos dos estados, quem paga, paga com dinheiro público, e mais, se do total estimado de R$ 28 bilhões, R$ 6,5 bilhões vieram do orçamento federal, e R$ 7,3 bilhões dos governos estaduais e municipais, há dinheiro público em jogo, pois, apenas R$ 5,6 bilhões são recursos privados.

No caso do Recopa, não somente os leigos, quiçá a maioria diria que é a Copa das Copas, e faz sentido, mas, é uma sigla,  criada em 2010, para nominar o Regime Especial de Tributação para Construção e Reforma de Estádios da Copa, cuja finalidade é desonerar as construtoras de impostos, e tarifas de importação, equipamentos e contratação de serviços, e com isto, os cofres públicos deixarão de arrecadar  mais de R$300 milhões, e  a FIFA, somente ela, ficará isenta de R$1 bilhão.

A se comparar os gastos da África do Sul, R$ 7,7 bilhões de reais; do Japão  R$ 10,1 bilhões, e da Alemanha  R$ 10,7 bilhões, quando sediaram as copas, o Brasil já ultrapassa a soma dos três.


Talvez por isto,  a opinião pública, se mobilizou harmonicamente, ao mesmo tempo, com tanta violência,  em passeatas, iniciadas com apelo para a redução dos R$0,20 das passagens, se fundiram, confundiram com as questões dos médicos, da saúde e da própria copa e dissiparam-se com a mais anárquica das anarquias dos “black blocs” tupiniquins.

Pode ser que voltem com a proximidade do evento, sendo certo que nada muda, se não mudarem as regras das eleições, dos votos, pois, que hoje, a pluralidade de partidos, mais que balcão de barganhas, mantém o status quo, e a indiferença dos políticos, fazendo o povo, refém de um grupo que usa a democracia, melhor invento político da humanidade, para silenciar  a maioria, em detrimento dos crimes da minoria, se perpetuam no poder, próprio dos regimes autoritários. Ditadura democrática?

Nunca se viu e denunciou tanto roubo, ao mesmo tempo que nunca se viu tanta corrupção, com o país em 72º dentre 177 países, no ranking dos mais corruptos, mesmo com o esforço de alguns membros do STF, difícil se livrar desta posição incômoda, e para isto, deva se libertar de dogmatismos ultrapassados, da manutenção da política econômica do engana bobo, em que projetam um PIB lá em cima, e uma infração lá embaixo no início do ano, invertendo-se ao final, restando dourar o PIBinho, minimizando-o com desculpas, sem eliminar vícios e corrigir erros, perde o passo da história, e a oportunidade de dar um salto de qualidade, enquanto a Europa e os EUA, revertem a situação da crise mundial que bateu mais lá que aqui.

Por tudo isto, os insatisfeitos gostariam de entender, por que há recursos para a Copa, e não para os aposentados, para os hospitais, para as creches, tema de nossa crônica Caminhos Tortuosos, em que as meninas mães, maioria dentre os 10 milhões de jovens, que  não estudam, nem trabalham, vivem das bolsas votos, não tendo onde deixar seus filhos.

Quais motivos, além de políticos, levou a escolha, por exemplo de Brasília e Manaus,  com capacidade para 71 mil pessoas, a um custo de R$ 1,2 bilhão, e  para 44 mil torcedores, a um custo de R$ 583 milhões, respectivamente, se ambos não têm público, sequer clubes de expressão, para mantê-los.

Se a conotação dada as obras foi de padrão FIFA,  não será o programa Mais Médicos, que salvará a situação da Saúde, onde  o caos chegou as classes que ainda suportam pagar planos de saúde, que hoje se assemelham ao padrão SUS, não por falta de médicos e sim, de políticas de financiamento para o Sistema Único de Saúde, que ainda não implodiu, pelo aporte de 40% que vem do setor privado.

Para passar estes dias de transição dos tempos, lendo a obra de Kalil Gibran Kalil, achei por bem incluir parte do texto, posto que se encaixa neste Brasil de hoje, talvez de sempre:


..."ai da nação que veste roupa que não teceu, e come pão que não segou..., ai da nação que só se rebela quando seu pescoço está entre a espada e o cepo..., ai da nação que recebe todo novo governante com trombetas, e dele se despede com apupos, para receber outro governante com trombetas..., ai da nação cujos sábios estão mudos pelos anos..., cujo estadista é uma raposa, e cujo filósofo é um prestidigitador, e cuja arte é a arte da maquilagem e da mímica".

domingo, 22 de dezembro de 2013

Um Corrupto em Harvard e Outras Histórias


Por Antonio Siqueira - do Rio de Janeiro



Um canalha em Harvard


@arte:AS
Ancelmo Góis, colunista de O Globo, é o que chamo de "Pessoa Certa no Lugar Errado". O sempre bem informado Ancelmo publicou uma pequena nota, com a lucides e o sarcasmo que são seu cartão de visitas, noticiando que o Secretário Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, deixará o cargo no próximo dia 31. Ele vai estudar em Harvard. No seu lugar assumirá o atual diretor do INTO Marcos Musafir.O futuro secretário foi consultor da OMS e presidente da  Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

      Sergio Côrtes já vai tarde. Foi cúmplice do governador Sérgio Cabral nas negociatas na área de saúde. Médico, funcionário público federal, ficou rico da noite para o dia. Comprou um luxuoso e imenso apartamento de cobertura na Lagoa Rodrigo de Freitas, com cinco vagas na garage, pagou à vista, em dinheiro vivo, subfaturado, é claro. Comprou, inclusive, uma mansão em Mangaratiba, perto da propriedade de Cabral, mas sonega o IPTU, pagando apenas como se fosse um terreno baldio.

Tudo isso é mais que sabido. O que ninguém sabe é como uma universidade renomada como Harvard aceita como aluno um desclassificado como Sergio Côrtes, um dos mais destacados membros da Turma da Corruptela. A célebre instituição de ensino superior do Massachusetts já não é a mesma, é só o que se pode dizer.

      Porém, se for do interesse ilustre leitor contar esta história à uma universidade que investiga até os mínimos delitos de seus admissionandos e "denodados" alunos, Harvard, como toda instituição que se preze, tem uma Home Page: http://www.hupd.harvard.edu/ e uma página para denuncia de delitos cometidos atualmente ou no passado neste link: Harvard University Police Department
O site desta tão renomada academia tem tradução para 55 idiomas, inclusive o português brasileiro. Eu já contei a minha história. Conte a sua. Muita gente deve ter morrido no Estado do Rio de Janeiro por conta da administração do Doctor Playboy de Mister Cabral.



 Partido Pirata do Brasil

      A versão mais recente do projeto de lei que cria o Marco Civil da Internet desagradou o Partido Pirata do Brasil, que semana passada anunciou sua oficialização, e, em nota, condenou o texto. “Os anseios e demandas da sociedade brasileira, a começar pela urgência de uma regulamentação adequada da internet, que favorecesse a liberdade de expressão e a democracia, foram deixados em segundo plano”, reclamam.
Dois pontos incomodaram os piratas. O primeiro está no Art. 16 e institui a obrigatoriedade da guarda de dados de acesso e serviços online por seis meses, prazo que pode ser ampliado a pedido das autoridades. Para o partido, a medida permite monitoramento e “intimidação” dos movimentos sociais que usam a internet para exigir mudanças no Brasil.

“A invasão da privacidade de todo e qualquer internauta passa a ser, mais do que um modelo de negócio questionável, uma obrigação legal imposta pelo Estado; que pode acarretar na coisificação do usuário, pois existe a possibilidade de venda dos logs”, afirmam.



Provedor


     A outra reclamação é relacionada ao fato de que um provedor será obrigado a tirar do ar qualquer conteúdo que irritar um internauta, bastando que este faça uma notificação simples, sem sequer acionar a Justiça. O trecho se refere estritamente a casos de “pornografia de revanche”, mas os piratas consideram a ideia “inadmissível”.

“O Art. 22, ao estabelecer o sistema de notificação e retirada, conhecido como notice-and-take-down, é uma surpresa negativa; não apenas pela forma reativa e pouco discutida do texto, mas considerando o desrespeito à experiência de elaboração coletiva do próprio projeto, no qual proposta semelhante foi objeto de forte crítica da sociedade em 2010.”



Nelson Mandela


      A família de Madiba já estava brigando aos berros pelo acesso à fazenda e à casa do ex-presidente da África do Sul e Prêmio Nobel da Paz. Mandela era de família abastada na Johanesburgo do começo do século XX. Depois que largou tudo, profissão (Mandela era advogado), o conforto do lar, o casamento e as facilidades,  na luta contra o apartheith, e foi preso em 1959; os bens de seus pais foram detonados por familiares, após a morte destes. Mandiba era um desafortunado neste ínterim. Tanto irmãos, quanto filhos e primos são verdadeiros gafanhotos famintos. Que Madiba descanse em paz, pois neste orbe pesado que é a Terra, sua missão está mais que cumprida.


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Observações bastante pessoais do autor

      Algumas pessoas confundem Nelson Mandela, achando que ele era um "comunista sectário trabalhista", apenas por ele lutar para que seu povo não fosse dizimado pela força bruta do racismo. Mandela nunca foi comunista, alias o mundo não sabe o que é o comunismo e nunca saberá. O comunismo sabotado que assombrou o mundo com ditaduras e genocídios, não é concernente às teorias de Carl Marx e Friedrich Engels e os poucos que os compreenderam e tentaram, em vão, explicar, não impor, como Jean Paul – Sartre, Herbert Marcuse, Eric Hobsbawm e Michel Foucault, não é isso que se viu e ainda se vê. O que se vê são ditaduras de esquerda e de direita, todas duas matam. A ditadura brasileira, a quem ela privilegiou e quem ela perseguiu?

      O mundo transformou-se rápido numa caixa de ressonância da política externa dos EUA. Qualquer boato, teoria ou conversa fiada acerca do socialismo ou comunismo, assusta aqueles que, mesmo sem ter um puto em seus bolsos, sonham com o dia em que pilotarão uma Lamborghini ou, no mínimo do “titiquês” da miserável existência, sonham em ter uma TV de plasma para esfregar na cara do vizinho que ainda assiste o seu velho televisor valvulado. Agradeça isto a Joseph McCarthy, senador norte americano nos anos 1930, 40 e 50 do século passado. Corrupto, mal caráter, burocrata e alcoólatra, McCarthy valeu-se de campanha osmótica contra o comunismo e promoveu um período negro na história daquele país que ficou conhecido como “Caça às Bruxas”. A fábula de que “comunistas comem criancinhas” é oriunda desse período. Sem querer estender-me muito e já o fazendo. A era do "macartismo" começou com uma trapaça para chegar ao senado, destruindo a imagem de seu concorrente, Robert La Follette, para promover a sua própria campanha. Desqualificou a reputação de La Follete, afirmando que este não tinha se alistado no serviço militar durante a guerra. Como os estadunidenses só diferem dos "acarneirados" brasileiros por adorarem guerras e terem mais recursos, McCarthy ganhou a eleição e tornou-se senador. Como a reeleição se aproximava e tudo pendia para um fracasso, McCarthy, cujo primeiro mandato foi não impressionante, procurou maneiras de garantir o seu sucesso político, recorrendo à corrupção. Edmund Walsh, um companheiro próximo, da Fente Católica e Anti-Comunista, sugeriu uma cruzada contra os chamados "subversivos comunistas". McCarthy, animado com a possível repercussão, concordou e, aproveitando a onda da nação de terror fanático contra o comunismo, ressurgiu em 9 de fevereiro de 1950, alegando ter uma lista de 205 pessoas no Departamento de Estado, que eram conhecidos ou membros do Partido Comunista Americano. O público americano foi à loucura com o pensamento dos comunistas sediciosos que viviam no país, e rugiu para a investigação dos agitadores subterrâneos. Nem todos os indivíduos desta lista eram comunistas, alguns tinham provado apenas serem alcoólatras ou terem comportamentos sexuais desviantes. Independentemente disso, McCarthy, incansável, se tornou o presidente da Comissão de Estado sobre Operações do Senado, ampliando seu escopo para "investigar" os dissidentes. Ele investigou por mais de dois anos, questionando vários departamentos governamentais e o pânico decorrente dos "caça às bruxas" e este medo do comunismo tornou-se conhecido como macarthismo.

       Joseph McCarthy acusou vários cidadãos inocentes, principalmente Owen Lattimore, de serem associados ao comunismo. Ao longo do caminho, ele teve Louis Budenz, o ex-editor do Daily Worker como aliado. Foram 13 anos de um verdadeiro inferno. Outra vítima de acusações falsas comunistas de McCarthy era de Drew Pearson, um crítico que desacreditva as acusações de McCarthy regularmente através de colunas e programas de rádio. McCarthy fez sete discursos ao Senado contra o jornalista e apresentador que resultou na perda de patrocinadores para o "Show de Pearson". A queda de McCarthy finalmente começou em outubro de 1953, quando ele resolveu a investigar "infiltração comunista nas forças armadas." Esta foi a gota d'água para o então presidente Dwight D. Eisenhower, que percebeu que o movimento de McCarthy precisou ser interrompido. O Exército reagiu com as acusações e a "ficha" do povo estadunidense acabou caindo. Ele perdeu seu cargo de presidência da Comissão de Estado sobre Operações do Senado e, em dezembro de 1954, uma moção de censura, o que é uma repreensão formal, a partir de um corpo poderoso, foi emitido condenando sua conduta com a contagem dos votos em 67 a 22. McCarthy foi praticamente destituído de seu poder. Morreu em maio de 1957 depois de ter sido diagnosticado com cirrose hepática devido ao consumo excessivo de álcool. Deve estar purgando no profundo de todos os infernos, mas seu legado continua vivo e impedindo pessoas racionais de distinguir o que é ou não o "Monstro Comunista".



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      Nestes tempos natalinos, o “cristão” moderno não tem a mínima ideia de quem foi Jesus que, alias, é o símbolo máximo e o que motiva o que chamam de Natal aqui no ocidente. Nos ensinamentos e ideais deste jovem galileu, eram e são primordiais a igualdade de direitos sociais, o "pão nosso" para todos, a liberdade de expressão, o pagamento justo ao trabalho humano, a fraternidade, o amor ao próximo sem julgamentos, enfim, tudo que a sociedade ocidental capitalizada, historicamente é contra e massacra. Portanto, Papai Noel é o "Jesus do Capitalismo Cristão" e, espero eu, que não confundam Jesus de Nazaré com Marx ou Engel. Pois se olhado por uma ótica conceitual e expressionista, Jesus era e é o único comunista legítimo que andou por este orbe terrestre complicado e mesquinho.

      O grande economista inglês, Lord Keynes, deu a melhor solução: regulando bem o capitalismo, via ação do Estado, sem perda da preciosa liberdade, mas combatendo o desemprego e distribuindo melhor a renda, via tributação progressiva. Foi o New Deal do Presidente Roosevelt, aplicado nos EUA, e também na Inglaterra e principalmente e antes, nos países escandinavos.


Um Feliz Natal para quem vive o verdadeiro Natal. 


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Caminhos tortuosos


Por Osvaldir Sodré da Silva - do Rio de Janeiro


Quando que em um país sério, um ministro da fazenda,  minimiza a cada mês os números ridículos do PIB, e dá dez culpas e não desculpas?
Na ditadura militar, em pleno período do “milagre econômico”, um dos generais  disse à nação: “A economia vai bem, mas o povo vai mal.”
Há tempos, a  mentira e a farsa assolam o país. Os governantes passam ao povão, que a dívida externa foi paga, não diz como, pagam elevando  a dívida interna, e hoje temos duas altas dívidas.
O povo prefere futebol,  e carnaval, pouco se lixando com altas dívidas;  não têm noção de que a quantidade de ministérios, secretarias com status de ministério, furam seus bolsos e miram as urnas.
Antes, ser político era ser mais um funcionário público, passou a ser sinônimo de emprego vitalício, de pai para filho, e agora para os netos, pasmem!
Será  que algum dia, estes políticos refletirão no que estão realmente se propondo?
Bolsas isto, bolsa aquilo, utilizando o minimiza do ministro, minimiza, mas, o povo necessita é de trabalho e, não que tenham mais filhos para ganhar mais, ou que provoque o desemprego para receber o seguro.
Quanta politicagem!
Projetos não agregam o povo do interior. Não  há um processo de formação, voltado  para eles, há os de fachada, como os que trabalham no desvio do São Francisco, real desvio  para os bolsos.
Já nos grandes centros, os jovens, induzidos  ao consumismo desenfreado,  em que o automóvel,  se alia ao álcool,  a droga de entrada, e os recordes se acumulam, de ser um  país que  mata mais nas estradas, que nas guerras.
 Esta ganância desenfreada pelo poder, prova de outro recorde: maior arrecadação de impostos, inclui-se a bitributação: conta de luz,  do  IPVA, pedágios e outras tantas, sem que haja retorno de benefícios ao povo.
Passeatas podem não chegar a lugar algum, pelo simples fato que os políticos são insensíveis, mas, os números da economia, demonstram que a distribuição de renda continua a se dar de forma desigual, como disse o general.
E a  mudança do que está aí, só virá pela educação. Um país continente, nossa maior tragédia social. Hoje temos dez milhões de brasileiros com menos de 30 anos, que não estudam, e não trabalham, pior se dá com as meninas, cuja maioria com mais de um filho,  alegam  não estudar, por não ter quem cuide dos filhos.

O que será do país, quando estas crianças tiverem na idade destes pais?

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Voltando a Ativa

Por Luís Junior- de São Paulo

Bem, faz tempo que não escrevo, e isso se deve por minha descrença no sistema partidário aqui na nossa terra, por anos participei ativamente de um grupo político que me orgulho muito, o núcleo Leon Trotsky, lá fazíamos reuniões e ações de conscientização da população, principalmente na Zona Oeste, participamos de fóruns de discussão no MST, MTST, Movimento estudantil, entre outros, passamos por três partidos em busca de um projeto de governo que contemplasse todas as nossas expectativas, e em todos encontrávamos o mesmo problema, uma rivalidade quase infantil e a ausência de propostas.

No PT vi que lá o que importava era “quantas garrafas” você tinha para por à mesa. Leia-se por garrafas quantidade de pessoas ligadas ao seu grupo.  Nós éramos tratados como aberrações por fazer atividades políticas fora da época de eleições, e principalmente baseando nossas ações em conscientizar a população que não se muda a sociedade através do voto. No fim saímos e começamos a conversar com o PSTU.  Lá descobri que o partido orbitava em fazer críticas ao PT, mas sem uma proposta concreta para a mudança na sociedade, toda e qualquer politica era voltada em dar visibilidade ao partido, até chegarem ao cúmulo de filiar um indivíduo que se arvorava de ser o grande expoente do “Fora Collor”. Uma figura que não merece o nome escrito, mas o que esperar de um ser que estava em um partido Stalinista e após a farra das carteiras da UNE, ter sua “imagem” arranhada, decide ser revolucionário. No momento que ele entrou em nosso grupo saí.

Chegamos a conversar com alguns grupos da IV Internacional Comunista como a LBI (liga Bolchevique Internacionalista) e esta, sim, foi umas das experiências mais surreais que eu já tive. O Rapaz que ficou responsável por nos passar todo o programa começou a atacar todos os grupos trotskistas que não eram da LBI, chamando de pelegos PSTU, PCO, etc...  Na segunda semana o cara some e não dá nenhum contato, após quase um mês encontramos o cara e ele tinha entrado para a igreja universal. Dizia que ‘ser comunista era errado e que só Jesus salvava’... No outro mês aparecem lépido e faceiro querendo discutir sobre política. Bem, nem preciso dizer que mandamos o cara para a PQP.

Após meses de atividades começamos a conversar com o PCO e sobre o programa político.  Participamos de vários eventos e estudos políticos que, sinceramente, foram fantásticos; tirando a mania de cachorro sem dono por causa de uma briga entre o PCO e o PSTU, também notei uma tendência em não discordar do presidente do partido.  Quando eles começaram a campanha Nacional pela meia entrada nos ônibus, queriam que nós do RJ fizéssemos a campanha. Argumentei que no RJ os estudantes da rede estadual não pagavam a passagem, e que o RJ era favorável ao passe livre total. Escutei que deveria seguir a diretriz da executiva nacional, foi o bastante para sairmos de lá. Após isso decidimos desativar o núcleo. Com isso fui me afastando e perdendo a motivação de lutar por uma sociedade melhor.
Após este longo período sabático, eis que vejo nas redes sociais a ideia de um partido diferente, que luta por mudanças no modo de democracia em que vivemos.  Após ler vários manifestos e documentos me senti compelido a cerrar fileiras nesta nova ideia. O Partido Pirata do Brasil. Vejo pontos que avançam para o século 21. Vou elencar alguns.


-O Partido Pirata não tem dono. Não foi fundado por um empresário ou político profissional em busca de uma legenda para chamar de sua ou alugar a quem der mais.




 



Colaborativismo
O Partido Pirata não concentra o poder nas mãos de poucos dirigentes.
O Partido Pirata do Brasil tem compromisso programático de empregar formas descentralizadas e colaborativas de elaborar e executar suas ações oficiais.
Quando nos deparamos com questões novas, encaminhamos debates e deliberações das quais participam todos os membros com as ferramentas de internet para construir nossos posicionamentos. É a sociedade que queremos construir.

Com isso estou me filiando à causa Pirata e lutando para que isso se torne realidade o mais rápido possível.

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