sábado, 29 de novembro de 2014

Presidencialismo de Corrupção e Clientelismo


A Grande Feira do Ministério Petista 


Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro



presidencialismo vira-latas
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           










Chega a ser patético o noticiário em torno dos novos ministros da presidente Dilma Roussef. Politicos tratam do assunto como se estivessem escalando times de futebol para disputar uma “pelada”, ou, então, escolhendo pizza na lanchonete. É um verdadeiro deboche com a população, que deveria e merecia ser a mais ouvida e beneficiada com as escolhas.

Os jornais informam que determinado ministro precisa ser mantido, porque pertence “à cota do vice-presidente Michel Temer”. A televisão revela que o fulano será escolhido porque  é exigência do partido tal.  Colunistas garantem que beltrano vai permanecer no cargo porque o partido dele tem bancada forte.

A mídia também faz especulações em torno de políticos derrotados nas urnas, mas que poderão ser agraciados. Motivo: pertencem á base do governo ou são amigos do peito do Palácio do Planalto. Coitadinhos, não podem ficar na chuva. Ou seja, quem tem padrinho forte não morre pagão.

Por fim, permanecem duas perguntas, dentro deste presidencialismo corrupto, safado e viciado; Quando, finalmente, anunciarão ministros que trabalharão para solucionar os  imensos problemas que afligem os brasileiros? Ou então: quando os ministérios passarão a ser escolhidos e conhecidos como legitimas cotas do cidadão?



terça-feira, 18 de novembro de 2014

É preciso TEMER o filho do capeta

Michel Temer é o corvo plantonistas das desgraças do PT

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro


O cão chupando manga





















Há alguns dias atrás, minha amiga e amiga deste blog, a advogada Yara Maria Ferreira, revelava seu "pavor" ante a pesssoa do vice-presidente Michel Temer. Citava as feições diabólicas do político oportunista da camabada pemedebista. Criatura fisiológica e carniceira, Temer aguarda ávido a derrocada de Dilma. Por "morte política" ou "natural"; Temer é um corvo! uitíssimo bem observado pela notável Yara, hoje curtindo férias merecidas em Paris.

Quando a presidente Dilma Rousseff foi reeleita, dia 26, quem mais comemorou e vibrou foi e ste vice-presidente Michel Temer. Pela primeira vez, ele sentia realmente que o destino estava a seu favor, pois chegar à Presidência da República era apenas uma questão de tempo. Semana passada, ao assumir inteiramente o cargo na viagem de Dilma ao Qatar e à Austrália, Temer então se sentiu inteiramente à vontade no Planalto, assinando atos administrativos, recebendo autoridades e políticos, uma verdadeira festa.

Desde então, o vice-quase-presidente tem dado sucessivas entrevistas. E não escolhe assunto. Já falou sobre a escolha dos novos ministros e fez questão de dizer que a melhor solução seria escolher um “homem de mercado” para substituir Guido Mantega e aumentar a credibilidade do governo.

Nesta segunda-feira, já no final da interinidade, Temer continuou dando entrevistas. Desta vez, afirmou que o governo não se abala com as recentes investigações da Operação Lava Jato, assinalando que as prisões de presidentes das empreiteiras não podem ser usadas para paralisar as obras contratadas junto ao governo federal.

Vamos conferir as palavras exatas de Temer, segundo a transcrição da repórter Mariana Haubert, da Folha, que lhe perguntou como estava o clima no Planalto, diante do agravamento do escândalo da Petrobras.

“Tranquilíssimo. Não apenas tranquilo como incentivando [as investigações]“, disse Temer ao sair do seminário pelo Pacto da Boa Governança, promovido pelo Tribunal de Contas da União, em Brasília. “Você sabe que tem a competência da Polícia Federal de um lado, o Ministério Público de outro, e o Congresso Nacional fazendo sua parte com a CPI, de modo que o governo está tranquilíssimo. Todas as palavras da presidente e de todos os órgãos do governo são no sentido de incentivar as investigações”, acrescentou.

Para disfarçar a euforia, Temer ressalvou que as recentes investigações não comprometerão a gestão da presidente da Petrobras, Graça Foster, e não devem ser motivo para paralisar as obras em andamento sob responsabilidade das empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção.

Na verdade, quem está tranquilíssimo é apenas ele, que está dando um jeito de sair ileso da tormenta que atinge o Planalto. Como experiente advogado e professor de Direito, Temer já traçou a linha de defesa a ser adotada pelo PMDB, de modo a excluir o partido das irregularidades. Por isso, voltou a negar que Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, tenha sido operador do partido no esquema articulado dentro da Petrobras.

“Ele não tinha relação nenhuma com o PMDB. Ele pode ter relação eventualmente com um ou outro membro do PMDB, mas institucionalmente jamais houve qualquer operador do partido”, disse.

Ou seja, na visão dele, se algum parlamentar ou ministro do PMDB aceitou propina, o problema é dele, não do partido.

A estratégia de Temer, como se vê, parece perfeita, mas depende de Fernando Baiano continuar sumido. Se a Polícia Federal colocar as mãos no operador do PMDB (que não tem dupla cidadania) e ele fizer delação premiada envolvendo o partido, quem também estará incriminado será o próprio Temer, que presidia o PMDB na época em que o esquema de corrupção foi montado.

E se Dilma e Temer sofrerem impeachment, lembrem-se do que a Constituição determina, porque quem assumirá o poder será Eduardo Cunha, como presidente da Câmara. E lá nave va, completamente desgovernada, à matroca, como dizem os marítimos. Que situação, hein?

sábado, 15 de novembro de 2014

O Golpe do dia 15 de novembro de 1889

Por Antonio Siqueira - Do Rio de janeiro



Deodoro era monarquista: 
Tela de Benedito_Calixto_-_Proclamação_da_República,_1893



















Na madrugada de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca ardia de febre em sua casinha de três quartos e sala, numa transversal do Campo de Santana, depois Praça da República. Dias antes havia recebido uma comissão de ilustres republicanos empenhados em aliciá-lo para a causa, mas opinara que a mudança do regime só deveria acontecer após a morte do Imperador. Era amigo pessoal de D. Pedro II.

Na noite anterior dois regimentos e um batalhão aquartelados em São Cristóvão tinham-se rebelado, ocupando o Campo de Santana, bem defronte ao prédio do Ministério da Guerra. Seus oficiais queriam a destituição do primeiro-ministro, Visconde de Ouro Preto, acusado de pretender dissolver o Exército, força cada vez mais influente depois da Guerra do Paraguai.

Os insurgentes, com seus canhões apontados para o ministério, onde estavam reunidos os ministros, ressentiam-se da presença de um chefe de prestígio. Alguém lembrou que quadras adiante morava Deodoro, posto em desgraça e mandado para a reserva por desavenças com Ouro Preto. Conta a lenda que a mulher do marechal recebeu os emissários com um cabo de vassoura na mão, tentando impedir que perturbassem o marido. Deodoro os recebeu e ouviu os boatos da hora: a ordem de sua prisão estava assinada, além da dissolução do Exército, que a Guarda Nacional substituiria. Irritado, com a febre aumentada, fardou-se, disposto a chefiar o motim. Estava fraco, não conseguiu montar o cavalo posto á sua disposição, embarcando numa charrete que, passando pela avenida do Mangue, seguiria para os quartéis em São Cristóvão. No meio do caminho é surpreendido por tropa armada, até com banda de música, que iria aderir aos sediciosos. Faz meia volta e dirige-se ao prédio do ministério da Guerra.

Ouro Preto e seus ministros olhavam pela janela a movimentação dos canhões rebelados, tendo o primeiro-ministro convocado o Secretário-Geral do Exercito, marechal Floriano Peixoto, comandante das forças legalistas, por sinal acantonadas na parte de trás do ministério. Apontando para os canhões, ordenou que fossem tomados a baioneta pela tropa a seu dispor. Diante das ponderações sobre dificuldades, afirmou que no Paraguai, em condições mais adversas, “as peças inimigas haviam sido conquistadas com arma branca.

Floriano, fleugmático, sentenciou o que aconteceria minutos depois: “É, mas lá nós lutávamos contra paraguaios…

Deodoro chegou aos portões do ministério, exigiu que fossem abertos e já montado num cavalo baio, irrompeu pelo páteo e as escadarias, cercado pela tropa rebelada que gritava “Viva Deodoro! Viva Deodoro!”

O movimento, no entender do velho militar, visava a deposição de Ouro Preto. No gesto característico de seu comando no Paraguai, ele tirou várias vezes o boné, saudando os companheiros, e gritando “Viva o Imperador! Viva o Imperador!

Subiram ao andar onde estava reunido o ministério, misturado com os republicanos históricos, alertados para a oportunidade. Ouro Preto não se levanta e escuta as queixas de Deodoro sobre a perseguição ao Exército. A febre aumentara e o marechal repetia diversas vezes o argumento de que “nós que nos sacrificamos nos pântanos do Paraguai não merecermos isso”.

Arrogante, pretensioso e elitista, Ouro Preto o interrompe para dizer: “olha aqui, marechal, maior sacrifício do que fizeram nos pântanos do Paraguai estou fazendo eu aqui ao ouvir as baboseiras de Vossa Excelência!

Passaram-se poucos segundos antes que Deodoro repetisse tradicional frase castrense: “esteja todo mundo preso!”

De Benjamim Constant a Quintino Bocauiúva, Aristides Lobo, Rui Barbosa e outros republicanos que caberiam numa kombi, se kombis já existissem, veio a tentação para que Deodoro aproveitasse o episódio e proclamasse a República. O militar hesitou mas cedeu ao argumento de Benjamin Constant: “e mais, marechal, a República terá que ser governada por um ditador, e o ditador é o senhor!”

Dizem que a febre passou e os olhos de Deodoro se arregalaram. A tropa vitoriosa empreendeu um desfile pela rua Larga e adjacências. Deodoro voltou para casa, caiu em sono profundo e os republicanos trataram de redigir os primeiros decretos da recém nascida República. À tarde, foram à casa do marechal, que pretendeu dar o dito pelo não dito, ou o proclamado pelo não proclamado, mas cedeu aos apelos da multidão organizada por José do Patrocínio na porta de sua casa.

A República estava nascendo. O Imperador, que naquela manhã havia descido de Petrópolis, de trem, permaneceu na Quinta da Boa Vista, onde recebeu ordens para exilar-se, com a família. Militares mais exaltados haviam proposto que fossem todos fuzilados, mas Deodoro reagiu com vigor, ainda mandando que fosse votada uma verba para família real sustentar-se lá fora. D. Pedro II declinou…




terça-feira, 11 de novembro de 2014

Para quê dizer mais?

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro





A "fina flor" da escória das Elites Estatais.
Dilma herda pela segunda vez um legado tirano

























A mais perversa das elites é a elite estatal. Ela quer que você compre um carro e diga: “Obrigado, governo. Como você é bondoso!”. Faça uma faculdade e diga: “Obrigado, governo. Eu te devo essa!”. Suba na vida e diga: “Obrigado, governo. Eu não seria nada sem você!”. Ela sequestra seu pensamento e inverte a lógica da vida social, fazendo parecer que você serve ao governo _ e não o contrário.

O protagonismo das pessoas é substituído pelo protagonismo do aparato estatal. Embalada no glamour da luta de classes, essa elite se apresenta como monopolista da justiça. Como se o dinheiro dos impostos, que subsidiam absolutamente todos os beneplácitos estatais, não viesse da própria sociedade. Como se o Estado, ele mesmo, gerasse riqueza e desenvolvimento.

A história é repleta de exemplos de elite estatal, à direita e à esquerda _ na América Latina, recentemente, esse último exemplo é mais vasto. Mistura supremacia coronelista com populismo assistencialista. Discursa para um lado e, com os seus, age para o outro. Enriquece nas barbas do poder. E legitima tudo em nome de um fim supostamente elevado.

É uma elite que verbaliza amor aos pobres, desde que estejam a seu serviço. Que prega integração dos negros, desde que julguem conforme seus interesses, sem trair a “causa”. Que quer conciliação, desde que ganhe as eleições. Que defende liberdade de imprensa, desde que os critérios disso sejam definidos por seus conselhos.

A elite estatal quer fazer crer que ela é o próprio bem. Quer substituir-se à ética universal. Quer que você se sinta em débito, creditando-a como um instrumento de solidariedade. Quer posicionar-se como indispensável até mesmo no ambiente privado. Se deixar, quer até mesmo dizer como você deve educar seus filhos. Quer que você devolva algo que simplesmente é seu, por direito natural e constitucional.

Não deixe que ninguém roube seus méritos e seu protagonismo. Nenhum partido é dono do seu destino. Nenhum. Quem faz acontecer são as pessoas, não o governo. Libertar-se dessa culpa social é um passo importante para evoluir. É o antídoto para evitar uma nação politicamente amorfa e culturalmente refém.


*O título deste artigo foi dado pelo meu querido sogro, Osvaldir Silva. amigo e colaborador deste blog.



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Liberdade de Imprensa e vigarice petista

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro



Lula e o PT odeiam a imprensa livre



























Domingo passado, enquanto os brasileiros iam às urnas, a internet fervilhava com o boato de que o doleiro Alberto Youssef morrera envenenado e a notícia estava sendo adiada até o final da votação. A boataria era tão forte que a própria Polícia Federal teve de desmentir a falsa notícia, divulgando uma foto de Youssef na cama do hospital, fora da UTI. E a psicóloga Kemelly Youssef, filha do doleiro, deu uma entrevista reforçando o desmentido da PF e anunciando que seu pai estava recuperando bem a saúde.

A preocupação com a saúde de Youssef é procedente. Embora já tenha prestado praticamente todas as informações necessárias para devassar o esquema montado pelo governo na Petrobras para subornar os parlamentares dos três principais partidos da base aliada (PT, PMDB e PP), é importante que ele permaneça vivo e em condições de esclarecer qualquer dúvida, especialmente sobre o conhecimento que o ex-presidente Lula e sua sucessora Dilma tinham a respeito da corrupção na estatal.

A saúde de Youssef é particularmente importante, porque Dilma Rousseff “ganhou” e agora terá de vencer também as acusações do doleiro, que podem conduzir ao impeachment dela.

Em meio a esses escândalos, surgiram as surpreendentes novidades desta eleição, estabelecidas pelo ministro Dias Toffoli, que só chegou ao Supremo e ao Tribunal Superior Eleitoral por ser petista, amigo íntimo do ex-ministro José Dirceu e do ex-presidente Lula.

A primeira inovação foi o cancelamento dos testes de segurança nas urnas eletrônicas. E a oposição não protestou, nada, nada. O candidato Aécio neves em nenhum momento da campanha eleitoral levantou esse importante assunto, que no entanto foi profundamente discutido aqui na Tribuna da Internet, inclusive houve uma grave advertência do jurista Jorge Béja a esse respeito.

Depois, a apuração secreta das eleições, que jamais havia ocorrido no país. Ou seja, o resultado das urnas sem teste foi computado pela Justiça Eleitoral sem efetivo acompanhamento dos fiscais dos partidos, e o resultado só foi divulgado quando confirmada a vitória da candidata da situação, e por vantagem mínima, certamente para não dar na vista.

Traduzindo tudo isso: estamos num país com os três Poderes apodrecidos, onde decididamente não se pode confiar na Justiça.



Vigarice intelectual medíocre





domingo, 2 de novembro de 2014

Vergonha!

PT e Luiz Eduardo Greenhalg já sabiam da vitória
Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro


A fraude não passou despercebida ao internauta Dárcio Bracarense



























Infelizmente, vergonhosamente, desgraçadamente, está confirmada a fraude nas eleições. O PT sabia da vitória antes de Dilma Rousseff passar Aécio Neves na apuração e já anunciava ao Brasil o resultado, às 19h35, quando havia sigilo total sobre a apuração e os “técnicos” da Justiça Eleitoral ainda estavam trancados na “sala secreta”, à qual nem mesmo os ministros do Tribunal Superior Eleitoral tinham acesso, por proibição baixada pelo presidente do TSE, o assumidamente petista Antonio Dias Toffoli.

A matéria da Agência PT é impressionantemente precisa, porque indica o percentual final de votos de Dilma: 51,57% dos votos. Um erro de apenas 0,7%, ou seja, precisão de fazer inveja a qualquer “instituto de pesquisa. E não dá para negar, está lá no site do PT; http://www.pt.org.br/dilma-reeleita/

Como todos sabem, o primeiro resultado das urnas só foi anunciado após as 20 horas. Como o PT poderia saber da “virada” de Dilma, muito antes de isso acontecer, pois a postagem dos aloprados, para o Brasil e o mundo, repita-se ad nauseam, ocorreu às 19h35m?









































E não é só isto. A Veja publica em seu site, na coluna de Felipe Moura Brasil que o dirigente petista Luiz Eduardo Greenhalg também adiantou a “vitória”, alardeando-a em sua conta no Twitter e no Facebook na noite de domingo, 26 de outubro, durante a apuração do segundo turno das eleições presidenciais, às 19h26m, antes mesmo da apressada e reveladora divulgação pelo site oficial do Partido dos Trabalhadores.

Não mais há como negar a fraude. Os próprios petistas a admitiram. A certeza da “vitória” e a pressa em divulgar a façanha acabaram por revelar toda a trama, que já era evidente, mas faltavam provas consistentes, e agora o próprio PT e seu dirigente Greenhalg as apresentam a todo o país.

Detalhe: É importante cotejar as informações com a curva da apuração, para deixar bem claro que o PT jamais poderia saber da vitória, com antecedência. Seria impossível, se não houvesse fraude, porque os “técnicos” estavam trancados na “sala secreta” de Toffoli e proibidos de portar celular.

A verdade é que Dilma só passou à frente de Aécio às 19h32, com 88,9% do total apurado. Como Greenhalgh podia ter certeza às 19h26min que Dilma estava reeleita, se ela só passou à frente de Aécio 6 minutos depois, às 19h32min? Como o Planalto podia saber o total de votos de Dilma, uma hora antes do resultado final? Sabia, porque tinha o chamado domínio do fato.

Lula disse que ninguém podia imaginar o que o PT faria para vencer as eleições. Agora, podemos.

sábado, 1 de novembro de 2014

E assim será!

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro


Você acredita em urna eletrônica?















Conhecidos os resultados da eleição  formal, muda alguma coisa no país real?  Nem pensar. Desfizeram-se desde as 17 horas de ontem, encerradas as urnas, sonhos e promessas ilusórias. Nem as filas  e o péssimo atendimento nos hospitais públicos desapareceram, muito menos 4 mil creches brotaram do chão, sequer o sofrível ensino público mudou por passes de mágica ou os salários dos professores tornaram-se compatíveis com a dignidade de cada um deles. Quantos eleitores, ao voltar para casa, foram assaltados por flanelinhas e flanelões? Diminuíram os frequentadores das bocas de fumo, motorizados ou a pé, comprando drogas de diversas espécies?  As cracolândias se esvaziaram nas grandes e nas pequenas cidades? Mudaram os canteiros de obras públicas paralisadas no país inteiro?

Não teria fim o desfiar do rosário de carências nacionais, com ênfase para os ladrões de colarinho branco que votaram com arrogância  nos seus preferidos. O Brasil é o mesmo, depois da temporada de ilusões verificada no período pré-eleitoral.

É nítido o descompasso entre a atuação da Justiça e a necessidade da apuração, julgamento e punição dos bandidos que roubaram a Petrobras. Se no caso do mensalão quase dois anos decorreram entre as denúncias e a ida dos culpados para detrás das grades, imagine-se nesse escândalo muito maior, onde pela primeira vez os corruptores parecem identificados e em condições de ser punidos.

Mais resistentes do que parlamentares e políticos de diversos matizes são  as empreiteiras também  envolvidas na lambança. Só depende da Justiça, mas quanto mais ela tarde, mais crescerá a hipótese de tudo terminar em pizza. Daqui ao fim do ano vive-se um momento  crucial: caso cheguem as prolongadas férias do Judiciário sem revelações e ações efetivas, melhor virar mais uma página da farsa das impunidades

A farsa do pagamento da dívida externa pelo governo Lula
É demagogia induzir a sociedade a acreditar que as reservas internacionais quitaram a dívida externa brasileira. É ficcional a versão da dívida externa zerada. Em agosto de 2014, o Banco Central informava que a dívida externa bruta totalizava US$ 333,1 bilhões. Igualmente atestava que as reservas internacionais totalizaram US$ 379,4 bilhões. O Brasil integra o ranking dos 15 países COM MAIOR DÍVIDA EXTERNA , de conformidade com relatório do Banco Mundial


Youssef: uma casca de ovo em meio a um tornado

Este domingo, enquanto os brasileiros iam às urnas, a internet fervilhava com o boato de que o doleiro Alberto Youssef morrera envenenado e a notícia estava sendo adiada até o final da votação. A boataria era tão forte que a própria Polícia Federal teve de desmentir a falsa notícia, divulgando uma foto de Youssef na cama do hospital, fora da UTI. E a psicóloga Kemelly Youssef, filha do doleiro, deu uma entrevista reforçando o desmentido da PF e anunciando que seu pai estava recuperando bem a saúde.

A preocupação com a saúde de Youssef é procedente. Embora já tenha prestado praticamente todas as informações necessárias para devassar o esquema montado pelo governo na Petrobras para subornar os parlamentares dos três principais partidos da base aliada (PT, PMDB e PP), é importante que ele permaneça vivo e em condições de esclarecer qualquer dúvida, especialmente sobre o conhecimento que o ex-presidente Lula e sua sucessora Dilma tinham a respeito da corrupção na estatal.

A saúde de Youssef é particularmente importante, porque Dilma Rousseff “ganhou” e agora terá de vencer também as acusações do doleiro, que podem conduzir ao impeachment dela.



Novidades

Em meio a esses escândalos, surgiram as surpreendentes novidades desta eleição, estabelecidas pelo ministro Dias Toffoli, que só chegou ao Supremo e ao Tribunal Superior Eleitoral por ser petista, amigo íntimo do ex-ministro José Dirceu e do ex-presidente Lula.

A primeira inovação foi o cancelamento dos testes de segurança nas urnas eletrônicas. E a oposição não protestou, nada, nada. O candidato Aécio neves em nenhum momento da campanha eleitoral levantou esse importante assunto, que no entanto foi profundamente discutido aqui na Tribuna da Internet, inclusive houve uma grave advertência do jurista Jorge Béja a esse respeito.

Depois, a apuração secreta das eleições, que jamais havia ocorrido no país. Ou seja, o resultado das urnas sem teste foi computado pela Justiça Eleitoral sem efetivo acompanhamento dos fiscais dos partidos, e o resultado só foi divulgado quando confirmada a vitória da candidata da situação, e por vantagem mínima, certamente para não dar na vista.

Traduzindo tudo isso: estamos num país com os três Poderes apodrecidos, onde decididamente não se pode confiar na Justiça.