Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro
O impeachment de Dilma Rousseff não se situa historicamente em nenhum dos lados que revestiram o panorama institucional brasileiro ao longo dos últimos 61 anos. Trata-se de um episódio singular, que está levando a seu afastamento, com os reflexos da enorme corrupção que permaneceu em seu governo, após ter sido instalada a partir da chegada de Lula da Silva ao poder. O que está assegurando o impeachment de Dilma é a atmosfera nacional de revolta contra os crimes praticados pelo PT e pelos grandes empresários do país, numa aliança superconservadora que abalou a economia brasileira fortemente, causou desemprego e a repugnância da população brasileira.
Importante acentuar que a história do Brasil registra desfechos a favor e contra a democracia. A reação político-militar de novembro de 55 foi para assegurar a posse de Juscelino Kubtscheck na presidência da República, vitorioso nas urnas populares que o colocaram à frente de Juarez Távora, Ademar de Barros e Plínio Salgado. O cumprimento da Constituição encontrava-se ameaçado pelas investidas golpistas, estas sim, de Carlos Lacerda, Carlos Luz e Café Filho.
Em 1961, em consequência da renúncia de Jânio Quadros, houve a solução intermediária de um parlamentarismo de ocasião, para permitir a investidura de João Goulart no Palácio do Planalto. O equilíbrio de forças, na ocasião, levaram ao roteiro adotado.
Em 1964, a deposição de Goulart partiu de um consenso das Forças Armadas legitimado pelo quadro político-partidário, que logo nos primeiros dias do General Castelo Branco no governo foi ultrapassado pelo poder militar que implantou uma ditadura que só acabou em 1985, portanto, 21 anos depois.
Dilma Rousseff será principalmente acusada de omissão grave quanto a crimes de corrupção praticados, inclusive por ministros e ex-ministros que nomeou ao longo de seus cinco anos no Planalto. Na verdade este é o principal argumento que torna impossível sua permanência na chefia do Executivo.
Sua queda final, no confronto que travará com falsos amigos de outrora, ingressará nas páginas da história como um capítulo dos mais tristes e dramáticos. Não se deve esquecer que entre aqueles que vão condená-la encontram-se muitos que também devem ser condenados. O destino é assim...o Brasil é assim...
Presença de Dilma no Senado dará um tom dramático à decisão do impeachment |
O impeachment de Dilma Rousseff não se situa historicamente em nenhum dos lados que revestiram o panorama institucional brasileiro ao longo dos últimos 61 anos. Trata-se de um episódio singular, que está levando a seu afastamento, com os reflexos da enorme corrupção que permaneceu em seu governo, após ter sido instalada a partir da chegada de Lula da Silva ao poder. O que está assegurando o impeachment de Dilma é a atmosfera nacional de revolta contra os crimes praticados pelo PT e pelos grandes empresários do país, numa aliança superconservadora que abalou a economia brasileira fortemente, causou desemprego e a repugnância da população brasileira.
Importante acentuar que a história do Brasil registra desfechos a favor e contra a democracia. A reação político-militar de novembro de 55 foi para assegurar a posse de Juscelino Kubtscheck na presidência da República, vitorioso nas urnas populares que o colocaram à frente de Juarez Távora, Ademar de Barros e Plínio Salgado. O cumprimento da Constituição encontrava-se ameaçado pelas investidas golpistas, estas sim, de Carlos Lacerda, Carlos Luz e Café Filho.
Em 1961, em consequência da renúncia de Jânio Quadros, houve a solução intermediária de um parlamentarismo de ocasião, para permitir a investidura de João Goulart no Palácio do Planalto. O equilíbrio de forças, na ocasião, levaram ao roteiro adotado.
Em 1964, a deposição de Goulart partiu de um consenso das Forças Armadas legitimado pelo quadro político-partidário, que logo nos primeiros dias do General Castelo Branco no governo foi ultrapassado pelo poder militar que implantou uma ditadura que só acabou em 1985, portanto, 21 anos depois.
Dilma Rousseff será principalmente acusada de omissão grave quanto a crimes de corrupção praticados, inclusive por ministros e ex-ministros que nomeou ao longo de seus cinco anos no Planalto. Na verdade este é o principal argumento que torna impossível sua permanência na chefia do Executivo.
Sua queda final, no confronto que travará com falsos amigos de outrora, ingressará nas páginas da história como um capítulo dos mais tristes e dramáticos. Não se deve esquecer que entre aqueles que vão condená-la encontram-se muitos que também devem ser condenados. O destino é assim...o Brasil é assim...